Os conflitos étnico-religiosos em Castela durante o reinado de Alfonso X (1252-1284)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lacerda, Léo Araújo
Orientador(a): Gonçalves, Daniele Gallindo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8078
Resumo: A presente pesquisa busca oferecer uma análise das estratégias de diferenciação social que objetivavam a conversão religiosa, promovida pela elite cristã em Castela e Leão, durante o século XIII, materializadas em vestimentas, representações pictóricas, definições dos espaços devocionais e interditos interétnicos e inter-religiosos - matrimoniais e sexuais -, que tenderam a ser burlados taticamente. A noção vigente de tolerância não compreendia necessariamente a igualdade jurídica menos ainda o respeito à devoção alheia. A partir da análise de documentação literária e imagética, em um nível secundário, versos e iluminuras do cancioneiro mariano (Cantigas de Santa Maria, segunda metade do século XII), e jurídica (Fuero Real, 1255; Siete Partidas, 1256-1265) produzidas no reinado de Alfonso X, o Sábio, governante dos Reinos de Castela e Leão, entre 1252 e 1284, pretende-se circunscrever questões religiosas que são permeadas por aspectos políticos. A interpretação que se expõe consiste no esforço de destacar as tensões e conflitos subjacentes à vivência de práticas religiosas de sefarditas e mudéjares através de Cantigas que narram à destruição pública de imagens, a blasfêmia e massacres judaicos, entendido como processos perpassados por interesses políticos não só filiados ao expansionismo territorial conduzido pela conquista peninsular cristã, como também pelo projeto político-ideológico afonsino de instituir uma unidade religiosa a Ibéria medieval.