Determinantes dos gastos privados em saúde voltados às crianças: uma análise da Coorte de Nascimentos de Pelotas/RS 2004

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Marcelo Torres da
Orientador(a): Tejada, Cesar Augusto Oviedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Organizações e Mercados
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4916
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo identificar quais fatores – dentre socioeconômicos, demográficos e o próprio estado de saúde - exercem influência sobre os gastos com saúde voltados para as criancas, e, também, medir seus impactos nestes gastos. Para isto, foram utilizados dados da Coorte de Nascimentos de 2004 de Pelotas/RS – Brasil. A base de dados contava inicialmente com 4231 crianças, tendo os acompanhamentos seguintes contado com 96% das crianças aos 3 meses, 94% aos 12 meses, 93% aos 24 meses e 92% aos 48 meses, totalizando 3799 nesta última data. Após ajustes realizados de modo a ficarem na análise apenas aquelas observações que estivessem completas ao longo dos três períodos restaram 2436 crianças. As estimações foram realizadas no software Stata 12 através de um Modelo Tobit de efeitos aleatórios em Painel. A escolha do modelo se deu pela necessidade de suportar uma amostra censurada, visto que uma grande parte dos indivíduos não realiza gasto algum com saúde. Entre os resultados observou-se que o fato de a criança ser saudável diminui em aproximadamente 20% a probabilidade de ser realizado algum gasto com medicamentos, enquanto o fato de esta ter plano de saúde aumenta em 8% a probabilidade de estes gastos serem realizados. O aumento de 1% na renda do domicílio gera um aumento de 16% no valor esperado dos gastos com remédios, e o fato de a criança ter plano de saúde aumenta em 23% o valor esperado dos gastos com remédios, e, a criança sendo saudável o valor esperado dos gastos com medicamentos é 58% menor. Assim, conclui-se que famílias onde as crianças são saudáveis possuem uma menor probabilidade de realizarem gastos com saúde para estas, e, possuir plano de saúde aumenta a probabilidade de que as outras modalidades de gastos com saúde sejam realizadas, bem como o seu valor esperado.