A consolidação do Império através da formação da Armada imperial na província rio-grandense com base na Companhia de Aprendizes-Marinheiros de Rio Grande (RS) (1860-1885)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Serralheiro, Cosme Alves
Orientador(a): Karsburg, Alexandre de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4176
Resumo: Os trabalhos historiográficos elaborados nas últimas décadas, sobre o recrutamento na Armada imperial, focavam, geralmente, no impacto da ação militar sobre a vida nas províncias. Comumente, os pesquisadores tinham a tendência de ressaltar a execução violenta do recrutamento pelo Estado Imperial e em suas modalidades coercitivas, e fazer com que essas atividades afetassem a relação direta entre os setores da população e o Império. Neste contexto, e com o rompimento em definitivo dos laços com Portugal, em 1822, movimentos sediciosos e lusofóbicos, aproveitando-se do clima, eclodiram em várias províncias do Império, e duraram por quase 30 anos. Para combater esses movimentos, o Império (re) criou a Armada profissional para poder ser capaz de estar pronto para futuros momentos de tensão. Muito embora tivesse navios obsoletos e sucateados, e que eram tripulados, principalmente, por uma marujada improvisada, estrangeira e despreparada, essa Armada foi um dos resultados dos vários embates políticos sobre a questão da consolidação do Império. Esse processo de consolidação redundou na criação do corpo de Imperiais Marinheiros e posteriormente das Companhias de Aprendizes Marinheiros, entre elas a Companhia de Aprendizes do Rio Grande do Sul (1861). Evento significativo para a cidade de Rio Grande, noticiado nas páginas do principal jornal da cidade O Diario do Rio Grande, que, por ter seu porto em expansão, contribuiu para formar a Armada naquela região. A instalação da Capitania do Porto (1846) e da Companhia de Aprendizes na cidade gerou a necessidade de captação/recrutamento de jovens oriundos das camadas mais baixas da sociedade, os considerados como “desclassificados sociais”, para treinamento com o intuito de tripular os vasos de guerra. Nesta pesquisa utilizamos Jornais, Relatórios Ministeriais e várias obras significativas para completude do trabalho.