Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Joyce Souza |
Orientador(a): |
Rubert, Rosane Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3185
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Resumo: |
Esta pesquisa objetiva o desenvolvimento a respeito da possibilidade de antirracismo da branquitude – identidade racial branca – conforme as representações sociais entre negra/os e branca/os presentes nos fóruns institucionais do Movimento Negro em Salvador-BA, o meu “campo-tema”. Na primeira parte da dissertação, ou seja, nos capítulos I e II, realizo as discussões ético-políticas e teórico-metodológicas que embasam este percurso hermenêutico. Logo, valho-me do desafio de proposição a uma antropologia descolonial sobre raça; realização da “prática etnográfica politicamente engajada”; da “participação observante”; “autoetnografia”; e da técnica de entrevista qualitativa semiestruturada. Na segunda parte (capítulos III e IV) disserto, conforme a análise de discurso e da prática em campo, sobre as minhas apreensões acerca do habitus da/o “branca/o fora do lugar” e do sistema simbólico relacionado a este sujeito que se encontra entre os espaços de agenciamento do MN e propõe-se antirracista. Quanto ao arcabouço, de modo geral, elaborei uma interface entre as epistemologias do paradigma da colonialidade do poder, do corpo e do saber; estudos do campo crítico da branquitude disseminados no Brasil; e parte da genealogia do pensamento negro. Pude concluir que as representações em campo são relacionadas à circularidade entre o pensamento acadêmico e o empirista, ideologias, o censo comum e as concepções do Estado; não há consenso quanto a possibilidade de alianças entre branca/os e o MN, nem mesmo na microestrutura de uma entidade, todavia não foi apreensível em Salvador qualquer organização que vete completamente a relação política com a/os mesma/os; existe sim a possibilidade de antirracismo da/os branca/os e isso é, em termos generalistas, codificado pelo MN, porém não sem ressalvas. Estas ressalvas nos levam a entender a diferença entre antirracismo e não-racismo e a impossibilidade da/o branca/o não reproduzir o racismo, portanto de não ser racista em tempos de “sistema-mundo / patriarcal / capitalista / colonial /moderno". |