IATF e performance reprodutiva de fêmeas suínas submetidas a dois protocolos de sincronização da ovulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Daniel Mendonça de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/20296
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de dois fármacos indutores de ovulação por meio da resposta das fêmeas quanto à ovulação pós-desmame, taxa de prenhez, taxa de parto, número de leitões nascidos, número de leitões nascidos vivos e peso da leitegada ao nascimento. Além disso, objetivou-se também, apresentar alguns desafios na implementação da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) nos programas reprodutivos para que, a partir do entendimento mais detalhado de fatores que influenciam no êxito desta biotécnica, a mesma possa ser de fato, uma ferramenta de auxílio para o manejo reprodutivo na suinocultura brasileira. Desta forma, a primeira parte discorre em uma breve revisão a fisiologia da ovulação em fêmeas suínas, e alguns protocolos disponíveis atualmente no mercado, além de apresentar uma busca por alternativas de protocolos que seja possível proporcionar a redução da variabilidade referente ao intervalo início do estro e o momento da ovulação, a fim de possibilitar redução do número de doses/fêmea/estro e também, otimizar o manejo de detecção de estro e inseminações, bem como concentrar os partos de forma planejada. A segunda parte é uma revisão bibliográfica que relata via abordagem alternativa, como alguns fatores podem influenciar na saúde reprodutiva das porcas no momento em que a indução hormonal é realizada, podendo prejudicar a eficácia do tratamento, visto que na escala de prioridade fisiológica, a reprodução encontra-se em um nível que sofre maiores desequilíbrios. Na terceira parte, é apresentado os resultados do presente estudo, em que o uso dos análogos de GnRH acetato de buserelina e acetato de triptorelina influenciaram nas taxas ovulatória e reprodutiva das fêmeas suínas. As fêmeas foram dividas em 3 grupos: Controle (n=23; C), onde as fêmeas foram inseminadas conforme o protocolo da granja; Buserelina (n=25; B), onde as fêmeas receberam uma aplicação hormonal, via intramuscular 80-82 horas após o desmame e foram inseminadas 30-32 horas após a indução hormonal, e triptorelina (n=25; T), onde as fêmeas receberam uma aplicação hormonal via intravaginal 96 horas após o desmame e foram inseminadas 24 horas após a aplicação. Não houve diferença entre os grupos para o intervalo do desmame à ovulação (p>0,05), no entanto, as fêmeas de T e B tiveram concentrações das ovulações em menor período que as fêmeas de C (p<0,05). O tratamento T mostrou-se mais eficiente em induzir a ovulação em menor período após a aplicação hormonal em comparação ao tratamento B (p<0,05). Com relação às taxas de prenhez e de parto, os valores médios obtidos nos diferentes tratamentos não diferenciaram entre si (p>0,05), porém, quando avaliado o número de leitões nascidos (LN) e o número de leitões nascidos vivos (NV), o tratamento B apresentou melhores resultados que os tratamentos C e T para LN e melhor do que o tratamento C para NV (p<0,05). O uso de protocolos de indução de ovulação foi eficaz em concentrar os partos das porcas em menor período e aumentar o número de leitões nascidos vivos e totais quando comparadas às fêmeas não tratadas. Portanto, sendo uma alternativa biotecnológica para utilização em granjas comerciais no intuito de otimizar o manejo nas diferentes fases de produção, com a redução do número de doses/fêmea/ano e redução da mão-de-obra para detecção de estro e inseminação artificial, e consequentemente redução no custo da inseminação artificial. Entretanto, é necessário conhecer e respeitar a fisiologia dos animais, para que o controle de fatores, sejam extríncicos ou intrícicos, seja efetivo em regular a resposta das fêmeas aos tratamentos.