O papel do BRICS para a ascensão chinesa na economia-mundo capitalista: o consenso internacional como elemento necessário à hegemonia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Kurz, Ester Gruppelli
Orientador(a): Daldegan, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14574
Resumo: A presente pesquisa investiga como o BRICS é capaz de acomodar os interesses chineses na economia-mundo capitalista, em um momento de declínio do poder estadunidense, considerando que a China tem alcançado elevado desenvolvimento econômico no quadro internacional. Logo, tem-se como objetivo investigar como o BRICS pode contribuir para que a China se torne a hegemonia no próximo Ciclo Sistêmico de Acumulação. Será realizada a análise de conteúdo das Declarações das Cúpulas do BRICS, dos Planos Quinquenais e dos Relatórios do Congresso do Partido Comunista da China lançados a partir de 2011, ano que ocorreu a primeira reunião oficial com os cinco membros do BRICS e também ano de lançamento do primeiro Plano Quinquenal após a criação do BRICS. A hipótese é de que por meio do BRICS a China é capaz de formar consenso internacional, elemento necessário à hegemonia. Isso porque o grupo está alinhado com a política externa chinesa de expansão e influência e promove a China como um país em desenvolvimento preocupado com a periferia que está assumindo um papel mais ativo na arena internacional. É possível afirmar que a China tem buscado ofertar bens públicos internacionais por meio do BRICS. Esses bens públicos incluem paz e segurança internacionais, estabilidade econômica global, proteção ambiental e infra-estrutura. A China e o BRICS buscam reformar a governança global para atender às suas necessidades e criar um ambiente favorável à acumulação de capital, promovendo reformas financeiras, criando instituições internacionais e debatendo questões de segurança e soberania.