Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Lucas Gualberto do [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202785
|
Resumo: |
O presente estudo objetiva analisar a ascensão chinesa no sistema internacional e suas origens e causas a partir da perspectiva dos fenômenos históricos da longa duração e dos ciclos de hegemonia. A partir dos Ciclos Sistêmicos de Acumulação de Giovanni Arrighi, do paradigma da Era Asiática de Gunder Frank e os ciclos longos de Kondratiev, será exposto como o processo capitalista de acumulação chinês, em uma visão histórica de longa duração, o impulsiona em termos de projeção de poder em um quinto ciclo de acumulação, com bases tecnológicas em um quinto ciclo Kondratiev, o da Quarta Revolução Industrial – também conhecida como Indústria 4.0. Não obstante, a ascensão chinesa será analisada em conjunto com o papel do Estado na inovação tecnológica, conforme proposto por Mazzucato, e a trajetória do desenvolvimento histórico de Chang. Ademais, defende-se que tal estratégia de acumulação chinesa é estabelecida a partir de um paradigma de Estado-civilização; e portanto, de estabelecimento de novos padrões na ordem internacional, baseados no surgimento do ciclo hegemônico chinês e em seu domínio dos novos padrões tecnológicos de acumulação material. Finalmente, em aliança multilateral com potências emergentes regionais, com parcerias moldadas no âmbito do projeto Belt and Road Initiative (BRI), sustenta-se que o processo chinês de acumulação busca reunir e projetar capacidades suficientes para moldar o sistema de acordo com os seus interesses, como o estabelecimento de uma configuração multipolar da ordem internacional e melhores condições político-econômicas para o seu desenvolvimento sustentado e de seus parceiros na Eurásia. Em tais alianças multilaterais, se dará ênfase às relações sino-russas contemporâneas, sobretudo a partir de acordos de cooperação com a União Econômica Eurasiática (EAEU) e a crescente disputa deste eixo com os Estados Unidos no supercontinente, assim como as suas motivações e desdobramentos. |