Staphylococcus aureus isolados de Merluccius merluccius durante o processamento do pescado salgado: caracterização fenotípica e genotípica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Voloski, Flávia Liége Schütz
Orientador(a): Duval, Eduarda Hallal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4309
Resumo: A salga é uma das técnicas mais antigas e utilizadas em todo o mundo para prolongar a vida útil do pescado. Staphylococcus aureus é um micro-organismo capaz de crescer na presença de sal, podendo ser uma fonte de contaminação durante a manipulação e processamento de pescado salgado. Neste estudo, buscou-se identificar a presença de S. aureus em diferentes etapas da produção de pescado salgado em uma fábrica de conservas, avaliando a enterotoxigenicidade, capacidade de produção de biofilme, tolerância ao sal e o perfil de resistência a sanitizantes e antimicrobianos nos isolados através de testes fenotípicos e genotípicos. Um total de 18 isolados de S. aureus foram obtidos em diferentes dias de coleta e etapas do processamento. Todos os isolados foram resistentes à ação do sanitizante clorexidina (4μg/mL<CIM<16μg/mL), enquanto que 83% foram resistentes ao cloreto de benzalcônio (2μg/mL<CIM<8 μg/mL). O gene mepA foi identificado em 22% dos isolados. Um perfil de multirresistência antimicrobiana foi identificado nos isolados, sendo verificada a presença dos genes ereb (67%), tetM (50%), blaZ (50%), Tn916-1545 (44%), tetL (33%) e tetB(17%). A presença dos genes eea, eeb, icaA e icaD foi verificada em 78%, 11%, 89% e 89% dos isolados, respectivamente. Além de tolerar altas concentrações de sal (30%), os isolados de S. aureus demonstraram uma forte adaptação a 10% de NaCl, concentração na qual a produção de biofilme foi melhor induzida e houve a expressão da enterotoxina A, a mais comumente envolvida em surtos de intoxicação alimentar estafilocócica. Os resultados encontrados ressaltam a importância da adoção de corretas práticas higiênico-sanitárias durante o processamento e manipulação de pescado salgado, evitando a persistência e disseminação de S. aureusno ambiente e diminuindo os riscos à saúde da população.