Memória e resistência: um estudo sobre o pré-construído e o discurso transverso através da ironia em Mafalda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Martins, Luciane Botelho
Orientador(a): Ernst, Aracy Graça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6414
Resumo: Criada inicialmente como garota-propaganda de uma empresa de eletrodomésticos, Mafalda, a personagem de Quino, depois de ser rejeitada e guardada por dois anos, ganha a admiração do público leitor argentino e passa a circular em revistas e jornais de 1964 a 1973, período de forte repressão impretado pela Ditadura Militar Argentina, marcado por três golpes de estado – 1966, 1970 e 1971. A emergência da personagem dá-se nesse contexto político de regime de exceção, colocando em pauta, num movimento de resistência através da ironia, temas como democracia e direitos humanos sem interdição da censura. O presente trabalho visa à compreensão dos processos discursivos em funcionamento na ironia, considerando o papel da memória e da história e atentando, sobretudo, para dois funcionamentos do interdiscurso: o pré-construído e o discurso transverso. A reflexão desenvolve-se sobre um arquivo formado por seis tirinhas e um cartaz, cuja seleção obedeceu à relação do discurso da personagem com o Aparelho Repressivo de Estado (ALTHUSSER, 1983), representados nas figuras do policial e do militar, em consonância com o propósito da pesquisa.