Resumo: |
Fungos são seres ubíquos e por essa característica, a contaminação de materiais e ambientes por esses micro-organismos torna-se frequente. Devido a isso, a busca por soluções para a desinfecção é importante. A radiação ultravioleta (UV) é um processo físico de descontaminação muito utilizado, porém, com pouca referência para fungos. O objetivo geral dos trabalhos foi avaliar o efeito germicida da radiação UV sobre o crescimento de fungos com potencial patogênico, e a sua aplicabilidade no ambiente. Para o trabalho utilizou-se os fungos Candida albicans, Cryptococcus gattii, Rhodotorula sp., dermatófitos e espécies do Complexo Sporothrix schenckii. Realizou-se inóculos fúngicos, os quais foram inoculados em placas de Petri contendo meio Potato Dextrose Agar (PDA). As placas com os inóculos de leveduras foram expostas por 15 minutos frente à radiação UV e as placas que continham os filamentosos foram expostas por tempos de 5, 10, 15, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos. O primeiro estudo descreveu a ação fungicida da luz UV frente as leveduras C. albicans, C. gattii e Rhodotorula sp. revelando inibição total do crescimento das duas primeiras espécies ao tempo de 15 minutos de exposição à UV, enquanto a última espécie, após esse tempo, sofreu apenas diminuição das Unidades Formadoras de Colônias (UFC). O segundo trabalho avaliou a ação da radiação UV frente as espécies de dermatófitos e do Complexo Sporothrix schenckii. Os resultados desse segundo experimento demonstraram que aos cinco minutos de exposição à UV, houve diferenças estatísticas (quantitativas) nas UFCs, onde a inibição total do crescimento do primeiro grupo de fungos ocorreu aos 40 minutos e o segundo com 60 minutos. Segundo a metodologia utilizada e os resultados alcançados durante a realização dos experimentos, conclui-se que o método de desinfecção através da utilização da radiação ultravioleta foi eficiente no controle do crescimento, através da ação germicida sobre os fungos estudados. |
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