Ocorrência de bactérias do grupo ESKAPE, perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos e relação com infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS) em um hospital de ensino de Pelotas, RS, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Kern, Luiza de Souza
Orientador(a): Hartwig, Daiane Drawanz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
CRE
VRE
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14131
Resumo: Pela alta capacidade de desenvolver resistência e "escapar" da ação dos antimicrobianos, há um grupo de patógenos, denominado ESKAPE. Estes causam infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS), geralmente graves, com alta mortalidade e poucas opções terapêuticas disponíveis. As bactérias que pertencem a esse grupo são: Enterococcus faecium, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter spp.. Com o objetivo de determinar a prevalência de culturas positivas para bactérias do grupo ESKAPE, no período de 2017 a 2019, e relacionar com a ocorrência de IRAS, foi realizado um estudo epidemiológico transversal de caráter retrospectivo em bancos de dados de um hospital de ensino de Pelotas, RS, Brasil. Foram obtidos os dados de prevalência de culturas positivas para as bactérias do grupo ESKAPE, e, das culturas positivas, obteve-se dados sobre os sítios das amostras e perfil de resistência aos antimicrobianos. Também foram coletadas informações dos principais microorganismos isolados em IRAS no hospital. Foram relatadas 1105 culturas positivas identificadas como bactérias do grupo ESKAPE entre os anos de 2017-2019. Das culturas positivas, a bactéria K. pneumoniae foi a mais prevalente (40,27%, n=445), maioria em amostras de uroculturas, e foi o micro-organismo mais isolado em IRAS do hospital, nos três anos do estudo. Outras bactérias do grupo ESKAPE foram fortemente relacionadas a IRAS. A resistência aos carbapenêmicos das bactérias Gram negativas do grupo ESKAPE manteve-se estável em A. baumannii e teve tendência crescente com o passar dos anos em K. pneumoniae, Enterobacter spp. e P. aeruginosa. A bactéria E. faecium apresentou alta resistência à vancomicina. E, em S. aureus, foi observada queda na resistência à meticilina, expressiva, no ano de 2019. Assim como em diversas outras localidades, as bactérias do grupo ESKAPE são uma realidade para a região de Pelotas, RS, Brasil, tendo relação com IRAS e, de maneira geral, a alta taxa de resistência aos antimicrobianos apresentada por esses patógenos no hospital do estudo segue a crescente tendência mundial, tendo cada vez menos opções terapêuticas disponíveis.