Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Camilla Dellatorre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11640
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Resumo: |
Os Enterococcus formam parte da microbiota do trato gastrointestinal, da cavidade oral e do trato genito-urinário de seres humanos e de animais. Membros desse gênero apresentam uma crescente importância como agentes etiológicos de infecções hospitalares. No presente trabalho foram estudadas 83 amostras isoladas de materiais clínicos e 71 de microbiota intestinal de indivíduos sem infecções enterocócicas atendidos em quatro hospitais de Niterói/RJ, de janeiro de 2005 a janeiro de 2006. A identificação fisiológica foi realizada por metodologia convencional. O perfil de susceptibilidade aos diversos antimicrobianos, incluindo a níveis elevados de aminoglicosídeos (HLR-A), foi avaliado através de testes de difusão em ágar e a resistência à vancomicina foi confirmada pelo emprego do Teste-E. O genótipo de resistência à vancomicina foi determinado pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), com o emprego de oligonucleotídeos iniciadores específicos. A espécie E. faecalis (88,0%) foi a mais freqüente entre as amostras de origem clínica e a E.casseliflavus (42,9%) entre as de origem intestinal, seguida pela E. faecalis (30,0%). Foram detectadas duas amostras de Lactococcus garvieae, uma proveniente de urina e outra de microbiota intestinal. A resistência HLR-A foi de 45,8% entre as amostras de origem clínica e de 31,4% entre as amostras de origem intestinal; a resistência a níveis elevados de gentamicina (HLR-Ge) foi encontrada em 31,3% dos enterococos de origem clínica e em 25,7% dos isolados de microbiota intestinal. Estes resultados indicam que HLR-A, em especial HLR-Ge, continua sendo uma característica de resistência freqüentemente encontrada em amostras de enterococos de origem hospitalar. A resistência à vancomicina foi detectada em sete amostras de E. faecium, obtidas de pacientes internados em dois hospitais, e em duas de E. raffinosus, isoladas em um único hospital. Estas amostras apresentaram CIMs maiores que 256 μg/mL para vancomicina e teicoplanina, resultados compatíveis com a caracterização do fenótipo VanA. Pela metodologia da PCR foi possível detectar produtos de amplificação característicos de gene vanA. A diversidade genética das amostras resistentes a vancomicina foi avaliada pela análise dos seus perfis de fragmentação do DNA cromossômico obtidos através da digestão com SmaI e separados por eletroforese em campo pulsado (PFGE), sendo possível observar a predominância de um grupo clonal em cada espécie. Os resultados sugerem a ocorrência de disseminação intra e interhospitalar. As medidas de controle da transmissão de genes de resistência e disseminação de cepas VRE são fundamentais para o controle epidemiológico, visto que, a emergência de cepas VRE é um grave problema nas instituições de saúde, especialmente pela possibilidade de disseminação a partir de portadores saudáveis e pela escassez de opções terapêuticas eficazes. O monitoramento periódico nos hospitais é imprescindível para o controle e prevenção da emergência de surtos epidêmicos ou situações endêmicas |