As identidades dos alunos quilombolas da Universidade Federal de Pelotas: trajetórias, construções e articulações.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cabelleira, Mariana Dias
Orientador(a): Spolle, Marcus Vinícius
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5318
Resumo: A Universidade Federal de Pelotas, desde 2015, realiza um processo seletivo específico para quilombolas nos cursos de graduação presenciais em áreas consideradas necessárias para as comunidades. O objetivo principal desta pesquisa consiste em compreender de que forma os estudantes da UFPel, oriundos de comunidades remanescentes de quilombos constroem e articulam suas identidades a partir das novas relações de identificações e diferenças, por vezes conflitantes, enfrentadas no ambiente universitário. Através do aporte teórico a respeito dos quilombolas, das ações afirmativas no ensino superior, da identidade em uma perspectiva pós-colonial e interseccional, problematizou-se a respeito das maneiras pelas quais estes estudantes constroem e articulam suas identidades, considerando as relações que estabelecem com os estudantes não-quilombolas, com a comunidade acadêmica e com a sua própria comunidade quilombola. Os objetivos desta pesquisa foram cumpridos através da metodologia da história oral. Após isto, os relatos foram classificados em quatro categorias e analisados pela metodologia de análise de conteúdo. Foi possível identificar que os estudantes tiveram experiências que proporcionaram novas identificações ao mesmo tempo em que também valorizaram suas identidades enquanto quilombolas, apesar de já terem vivenciado certas situações de preconceito. Ademais o ingresso na universidade proporcionou novas oportunidades até então dificultadas por barreiras de classe social, gênero e raça.