Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Moscareli, Louise Azevedo |
Orientador(a): |
Rubira, Luis Eduardo Xavier |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5527
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Resumo: |
O propósito deste trabalho é demonstrar os efeitos do amor fati sobre a afirmação de si pelo estímulo, por parte do mesmo, sobre a expressão da diferença humana a partir de sua singularidade, pela coragem e autenticidade de tornar-se quem se é. A necessidade de segurança leva o homem a acreditar no mundo ideal, à Moral estabelecida bem como às promessas cristãs que, na concepção do filósofo, são meramente ilusórias, na medida em que não concedem ao homem as certezas que ele de fato quer. Contrapondo-se fortemente aos fundamentos epistêmicos da metafísica e da Moral, com relação à tentativa de generalizar os homens, associados aos apelos cristãos de estabelecer uma moral de rebanho, Nietzsche oferece uma crítica implacável, na medida em que eles inibem a expressão da diferença, pois a singularidade é suprimida pela generalização. Nas obras Gaia Ciência (1882) e Assim Falou Zaratustra (1883 -1885) o filósofo propugna que o homem tem o poder criador (vis creativa) e não somente o poder de contemplação (vis contemplativa). O mesmo pode ser constatado ao longo das missivas que Nietzsche escreve durante o período da elaboração de Zaratustra, obra que o levará, de fato, a consolidar o amor fati, na medida em que também irá testá-lo da forma mais extrema, com o pensamento do Eterno Retorno, conduzindo o próprio Nietzsche à superação, como defendemos a partir tanto da análise de suas correspondências pessoais redigidas paralelamente à criação dos três primeiros livros de Zaratustra, como do estudo destes. Dessa forma, a partir da verificação da busca humana por segurança e do aparente paradoxo que implica amar um destino que envolva, ainda que potencialmente, algum tipo de dor, procuramos desvendar como o amor fati pode ser, ao mesmo tempo, um presente de Nietzsche à humanidade e uma defesa para enfrentar as incertezas da vida, a fim de libertar o homem de suas amarras. Para tanto serão abordadas questões relativas aos tipos de amor e à capacidade de afirmar aquilo que nos repele, como também abordaremos o sofrimento e a superação. Dessa forma, a partir de um sentimento de gratidão sobre a vida que é possível se estabelecer o amor fati, o qual propicia ao homem ter coragem de afirmar a si mesmo, mediante a expressão de sua diferença no mundo, de forma autêntica. |