Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dias, Milene Soares |
Orientador(a): |
Carlan, Francele de Abreu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4460
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Resumo: |
Este trabalho versa sobre o contexto de uma sala de aula composta por alunos surdos e ouvintes no âmbito da disciplina de Ciências. A forma como tal disciplina pode contribuir na inclusão de alunos surdos merece destaque e atenção, por se tratar de um campo do saber que exige a compreensão de conceitos abstratos; somados a isso, a carência de sinais convencionados e o desconhecimento dos professores sobre a cultura surda. Logo, estes fatores podem dificultar os processos de ensino e aprendizagem e exigem uma mudança de postura na prática pedagógica do professor de Ciências em sala de aula. Neste contexto, o intuito, desta pesquisa, foi investigar como o ensino de Ciências era trabalhado pelo professor em uma sala de aula comum das séries finais do ensino fundamental, contendo dois alunos com surdez. Este estudo foi desenvolvido em um Município da região centro-sul do Estado do Rio Grande do Sul e caracterizou-se como uma Pesquisa Exploratória. Os sujeitos envolvidos foram: i) uma professora de Ciências, ii) a professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), iii) uma representante da equipe diretiva, iv) uma intérprete de língua de sinais e v) os pais dos dois alunos com perda auditiva. Para a coleta dos dados foram utilizados: observação não participante, diário de campo, entrevistas semi-estruturadas, questionário aberto. O método de análise dos dados utilizado foi Análise de Conteúdo. Os resultados apontaram que a diferença linguística tem impactado o ensino de Ciências por meio da hipervalorização da língua de sinais em detrimento dos aspectos pedagógicos, também foi percebida a desigualdade linguística e o acesso tardio a Libras. Ainda, foi possível observar que a responsabilidade pedagógica pelos alunos com surdez era atribuída pela professora de Ciências, pela equipe diretiva e pelos pais dos alunos surdos à professora que realiza o AEE, não havendo trabalho colaborativo entre os profissionais da escola. Por último, a prática pedagógica da professora de Ciências (planejamento, metodologia / estratégias de ensino utilizadas e avaliações realizadas), durante o período desta pesquisa na escola, pouco considerou às adaptações curriculares necessárias para promover a inclusão dos estudantes com surdez que não interagiam durante as atividades da disciplina com os demais colegas da turma. |