Desenho Universal para a Aprendizagem: contribuições para um ensino sem barreiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Luciana Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48137/tde-26112024-162253/
Resumo: Os processos de escolarização de estudantes com deficiência têm mostrado a necessidade da construção de práticas pedagógicas para eliminação de barreiras no aprendizado. Considerando as diversas formas de aprender e as singularidades de cada sujeito nesse processo, o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA) tem se mostrado uma perspectiva teórico-metodológica que pode contribuir no desenvolvimento de um planejamento que garanta metodologias e práticas para que diferentes estudantes tenham acesso ao currículo e, consequentemente, ao aprendizado. Este trabalho teve como objetivos conhecer, descrever e analisar as práticas de ensino utilizadas no ciclo de alfabetização da Rede Municipal de Ensino de São Paulo - SP (RME-SP), fundamentando-se nos princípios do DUA. O estudo adotou uma abordagem qualitativa, mais especificamente por meio da observação em campo balizadas também por entrevistas e o uso do protocolo de observação com base nos princípios DUA. Foram acompanhadas quatro professoras e suas respectivas turmas. As análises dos dados resultaram em cenas que buscaram detalhar as práticas evidenciadas em consonância com o Currículo da Cidade de São Paulo, visando analisar a contribuição do DUA. Constatamos em relação às práticas docentes desafios para aplicar estratégias de ensino que contemplem a diversidade dos alunos. O Currículo fornece uma base flexível e inclusiva, mas sua efetivação na sala de aula é limitada, resultando em práticas isoladas e não sistemáticas. Considerando a base nas pesquisas existentes e nas observações realizadas, é evidente que a prática pedagógica precisa avançar além da identificação de problemas para colaborar com soluções efetivas. Com isso, nossa imersão no contexto educacional permitiu contribuir ativamente com os princípios do DUA, usando as experiências vivenciadas para tomar decisões sobre estratégias e oferecer, por meio desse estudo, exemplos pedagógicos. Isso visa apoiar outros docentes a identificar e criar novos cenários educacionais, fomentando reflexões e trocas de experiências para planejamentos que atendam toda a turma, reconheçam as especificidades de seus estudantes e se tornem mais sensíveis à questão da acessibilidade. Confirma-se a necessidade de formação continuada. Esta mudança atitudinal é essencial para avançarmos quanto ao acesso ao currículo e às aprendizagens. Além disso, destacamos a necessidade de um planejamento mais colaborativo e expansivo, com a participação incorporada dos professores e gestores, que permita a acessibilidade a todos os estudantes de forma integrada e significativa, respeitando suas singularidades e promovendo um ambiente de aprendizagem mais equitativo.