Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Perin, Ellen Cristina |
Orientador(a): |
Rombaldi, Cesar Valmor |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3088
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Resumo: |
A biofortificação de culturas agrícolas é uma estratégia que vem sendo estudada e explorada com o objetivo de complementa r da alimentação pelo incremento ou melhoria na qualidade dos alimentos, visando reduzir a desnutrição e oferecer alimentos mais saudáveis. Dentre as técnicas utilizadas para realizar a biofortificação, o uso de fertilização e, mais recentemente, a aplicação de estresses abióticos controlados vem sendo abordadas, mostrando que as aplicações dessas técnicas podem acarretar no acúmulo de compostos com potencial antioxidante de interesse para promoção da saúde humana , sem prejudicar significativamente o desenvolvimento e produção das culturas. Os frutos de morango, cujas características sensoriais específicas vem promovendo aumento do seu consumo, apresentam naturalmente em sua composição compostos com potencial antioxidante, como vitamina C, compostos fenólicos e antocianinas os quais podem ter seus teores modificados de forma a melhorar seu potencial antioxidante, além de suas funções em condições de estresse como defesa. Por outro lado, o cultivo do morangueiro apresenta uma alta taxa de sensibilidade a déficits hídricos e nutricionais; a adubação empregada nessa cultura normalmente utiliza fontes solúveis de nutrientes minerais, que podem acarretar em prejuízos ao solo, desequilíbrio nutricional, lixiviação e contaminação de lençóis freáticos. Neste estudo, plantas de morangos foram submetidas a diferentes níveis de estresse hídrico e a uma adubação cuja matriz foi composta de torta de tungue e pós -derocha, efetuando-se avaliações de variáveis bioquímico-fisiológicas e moleculares. Os resultados mostraram que a adubação alternativa apresentou potencial para utilização como insumo agrícola, uma vez que aumentou a produção de frutos (23,79 % a mais que a adubação solúvel) tendo ainda proporcionado um maior acúmulo de compostos com potencial antioxidante nos frutos em comparação à adubação solúvel convencional (antocianinas, acúmulo relativo do transcrito UFGT e ácido L-ascórbico). A avaliação desta adubação alternativa em diferentes níveis de estresse hídrico demonstrou haver um maior incremento nos compostos fenólicos e atividade antioxidante, evidenciando a viabilidade desta estratégia de biofortificação, sendo que o nível 1 de estresse apresentou menores perdas em relação aos parâmetros fotossintéticos avaliados e redução da produção de frutos em relação ao nível de estresse mais severo avaliado (nível 2). Os resultados obtidos neste estudo corroboram o potencial de uso da adubação alternativa avaliada no cultivo do morangueiro, sendo necessária ainda a busca por um nível de estresse hídrico que além de incrementar compostos com potencial antioxidante, conforme observado neste estudo, não afete significativamente o desenvolvimento das plantas e a produtividade da cultura do morangueiro, bem como sirva como uma técnica eficaz de biofortificação. |