Senescência celular e efeito de tratamento com senolíticos no ovário de camundongos geneticamente obesos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hense, Jéssica Damé
Orientador(a): Schneider, Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8613
Resumo: Camundongos deficientes em leptina (ob/ob) são obesos e estéreis. Esse modelo experimental é uma importante ferramenta para estudos de obesidade e comorbidades relacionadas. Células senescentes estão presentes em inúmeros tecidos do organismo, em maior quantidade durante o envelhecimento e obesidade contribuindo para o aumento da inflamação tecidual. O tratamento com drogas senolíticas dasatinib e quercetina (D+Q) tem a capacidade de reduzir de forma seletiva células senescentes em diversos órgãos, aumentando a longevidade e reduzindo os sintomas característicos do envelhecimento. Apesar disso, não há dados se essas células estão presentes nos órgãos reprodutivos de fêmeas. Além disso, a caracterização da reserva ovariana deste modelo obeso é escassa. Portanto o objetivo do estudo foi caracterizar a reserva ovariana e sua relação com a senescência celular em camundongos obesos. Foram utilizados 10 animais no experimento 1, onde animais ob/ob (n=5) e animais tipo selvagem (WT) (n=5) foram eutanasiados aos 12 meses para coleta do tecido ovariano. O experimento 2 foi composto por (n=12) animais fêmeas ob/ob divididos em grupos controle (n=6) e tratamento (n=6). O grupo tratamento recebeu senolíticos (D+Q) que se iniciou aos dois meses de idade por via intragástrica a cada duas semanas, e o grupo controle recebeu placebo, no mesmo período. Estes animais foram eutanasiados aos 6 meses de idade e os ovários foram coletados para análises. No experimento 1 não houve diferença quanto ao tamanho da reserva ovariana entre animais WT e ob/ob (P>0,05), porém houve uma maior carga de células senescentes no ovário de fêmeas obesas, bem como maior peso corporal e gordura periovariana. No experimento 2 também não houve diferença quanto ao tamanho da reserva ovariana e sensibilidade a insulina (P>0,05) em animais ob/ob recebendo D+Q. No entanto, houve uma redução na senescência celular no ovário das fêmeas obesas tratadas. Portanto, apesar de observarmos mais senescência nas fêmeas obesas, a obesidade não afetou a reserva ovariana de forma significativa, e o tratamento com D+Q reduziu a carga senescente, porém não refletiu na reserva ovariana de camundongos ob/ob tratados com D+Q.