Efeito da restrição calórica e da rapamicina sobre o envelhecimento ovariano em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Garcia, Driele Neske
Orientador(a): Schneider, Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Faculdade de Nutrição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4876
Resumo: A restrição calórica (RC) é conhecida por aumentar a preservação da reserva ovariana. Do mesmo modo o fármaco rapamicina tem demonstrado ter efeitos semelhantes aos da RC com relação à reserva ovariana. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos da rapamicina e da RC na reserva folicular, no estresse oxidativo e na expressão gênica ovariana e também no metabolismo da glicose em camundongos. Foram utilizados 36 camundongos fêmeas da linhagem C57BL/6 mantidos com dieta padrão e água ad libitum e sob condições controladas de luz e temperatura. Os camundongos foram distribuídos em 3 grupos de 12 animais cada (grupo controle; grupo tratado com rapamicina intraperitoneal a cada 2 dias na dose de 4mg/kg de peso e o grupo submetido à RC de 30% em relação ao grupo controle). Aos 85 dias de tratamento, realizou-se o teste de tolerância à insulina (TTI) e o teste de tolerância à glicose (TTG). Aos 93 dias de tratamento os camundongos foram eutanasiados, e os ovários foram coletados, um para análise histológica e o outro para a expressão gênica e análise da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graphpad Prism 6. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. Não houve diferença quanto ao consumo e o ganho de peso entre os grupos controle e rapamicina (P>0,05). No TTI, as fêmeas da rapamicina foram mais resistentes à insulina, enquanto que as da RC apresentaram maior sensibilidade à insulina (P=0,003). No TTG, as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose quando comparadas com as da RC e controle (P=0,04). Na quantificação de EROs, as fêmeas do grupo rapamicina tiveram maiores níveis de EROs quando comparadas aos do grupo controle (P<0,05). Na contagem de folículos, as fêmeas da RC e da rapamicina tiveram maior número de folículos primordiais (P=0,02 e 0,04) e menor número de folículos primários (P<0,001). Na expressão gênica, as fêmeas da RC e rapamicina tiveram maior expressão do fator de transcrição Foxo3a (P=0,01) e as fêmeas da RC tiveram menor nível de expressão de Akt1 do que as da rapamicina (P<0,05). Portanto, as fêmeas da rapamicina e da RC tiveram uma maior reserva ovariana e maior expressão da Foxo3a, porém as fêmeas da rapamicina foram mais intolerantes à glicose, enquanto que as da RC foram mais sensíveis à insulina em relação ao grupo controle e o rapamicina, não havendo diferença no ganho de peso e consumo das fêmeas da rapamicina. Isto indica que a expressão de Foxo3a foi um fator comum entre os tratamento e que resultou em reduzida ativação de folículos primordiais.