Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Haerter, Leandro |
Orientador(a): |
Bussoletti, Denise Marcos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7674
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Resumo: |
A partir do Objetivo: “Apreender narrativas quilombolas que emergem do processo de Contação de Histórias no contexto contemporâneo da comunidade quilombola Cerro das Velhas, identificando pedagogias que tornam possíveis outras formas da comunidade narrar-se e protagonizar-se”, a tese “Narrativas quilombolas: outras histórias e pedagogias” buscou responder o seguinte Problema de Pesquisa: “Como as narrativas quilombolas que emergem do processo de Contação de Histórias na comunidade quilombola Cerro das Velhas podem ser consideradas textos culturais na medida em ensinam/instituem jeitos de ser e, dessa maneira, contribuem para a produção de sujeitos quilombolas hoje?”. A pesquisa tomou como referencial empírico narradores do Cerro das Velhas, comunidade quilombola localizada no 5º Distrito de Canguçu/RS e como referencial teórico, um diálogo entre Filosofia da Linguagem, Antropologia Social, Educação e Estudos Culturais, a partir de conceitos benjaminianos como Narrativa, História e Rastro, utilizando o próprio Benjamin, Gagnebin e Ginzburg; da noção de Contação de Histórias presente principalmente em Amador de Deus; dos Quilombos tradicionais e contemporâneos brasileiros, através de Maestri, Gomes, Anjos, Carril, Baptista da Silva, entre outros; da noção de Pedagogias Culturais por Steinberg, Kincheloe e Ellsworth; de Outros Sujeitos, de Arroyo; do conceito de Representações Sociais de Jodelet e Jovchelovitch; do conceito de Diáspora Africana por Gilroy e Hall; e do conceito de Sonhos, por Martins. Enquanto metodologia foi utilizada a proposta de Entrevista Narrativa de Jovchelovitch e para a análise das histórias contadas, o modelo proposto por Schütze para a análise deste tipo específico de entrevista. Defende-se que as narrativas quilombolas que emergem do processo de Contação de Histórias na comunidade quilombola Cerro das Velhas são atualizadas na contemporaneidade e não são contadas “como de fato aconteceram”, mas incorporando novos elementos ao serem contadas. Essas narrativas podem ser consideradas como textos culturais à medida que transmitem experiências e saberes acumulados, colaboram para o processo de atualização da memória, ressignificam a noção de quilombo e quilombola, produzem sentidos e significados capazes de subverter à lógica hegemônica, protagonizam sujeitos e ensinam jeitos de ser, contribuindo assim para a produção de sujeitos quilombolas. |