A atividade física no site Saúde Brasil do Ministério da Saúde: uma análise no período 2017-2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nunes, Bárbara Coelho
Orientador(a): Knuth, Alan Goularte
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Escola Superior de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8349
Resumo: Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal de Pelotas, vinculada a área de concentração Movimento Humano, Educação e Sociedade na linha de pesquisa Estudos Socioculturais do Esporte e da Saúde. Este documento está seccionado nos seguintes tópicos: a) projeto de dissertação; b) relatório de trabalho de campo; c) artigo original; e d) comunicado à imprensa. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os conteúdos sobre atividade física veiculados no site Saúde Brasil, do Ministério da Saúde, entre os anos de 2017-2020, descrevendoos e discutindo as interfaces (in)existentes entre os materiais publicados e o campo da Educação Física e Saúde Coletiva. Por meio de ferramentas netnográficas, foram localizadas 98 publicações que dialogam com atividade física/exercício físico/práticas corporais, veiculadas pelo site durante quatro anos. Como resultados, podemos observar que a vertente comportamental da promoção da saúde permeia todo material, sendo encontrados três perspectivas de recomendações para a prática de atividade física: esportivizada, atividade física diária e generalizada. A primeira tem suas recomendações disparadas por atletas e ex-atletas, no incentivo de práticas esportivas e relatam os benefícios das modalidades para a saúde. A segunda perspectiva tem seu conteúdo central destinado na reprodução de estratégias e possibilidades de atividades físicas que a população possa realizar dentro da sua rotina, no dia a dia, como realizar tarefas domésticas (lavar roupa a mão, lavar carro com baldes), utilizar meios ativos no deslocamento para suas atividades (andar a pé, bicicleta, descer paradas antes do destino) e conselhos para movimentar-se no trabalho (ficar em pé, trocar o elevador pela escada, ir ao banheiro mais longe). Por último, a perspectiva generalizada reforça as recomendações oficiais de tempo, intensidade e frequência para as diferentes faixas etárias. Observamos uma importante carência do domínio do lazer nas recomendações, esvaziamento de vinculação com programas e políticas do Sistema Único de Saúde e ausência de recortes que considerem as desigualdades sociais e econômicas que atingem o processo saúde-doença e, consequentemente, a prática de atividades físicas. Reforçamos a necessidade que campanhas comunicativas de incentivo ao movimento considerem, além dos pontos levantados, o reconhecimento da atividade física como um direito humano e o compromisso com uma sociedade mais justa e equânime.