Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Julia Rosin da |
Orientador(a): |
Timm, Cláudio Dias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7940
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Resumo: |
As bactérias agrupadas em biofilmes geralmente são mais resistentes a diferentes condições ambientais. A permanência e o comportamento de um micro-organismo em um alimento são determinados por fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados ao alimento, os quais podem influenciar também a formação de biofilme. Além disso, isolados de S. aureus podem apresentar resistência a antibióticos, dentre eles a meticilina. O objetivo do presente estudo foi caracterizar fenotipicamente isolados de S. aureus provenientes de leite cru bovino e de diferentes pontos do fluxograma de abate de suínos, de modo a avaliar a capacidade de formação de biofilme e fatores que podem influenciar essa capacidade, comportamento da bactéria no ambiente propiciado pelos alimentos e sua sensibilidade antimicrobiana à meticilina. Foram utilizados 28 isolados de S. aureus, sendo sete provenientes de leite cru bovino e 21 relacionados a suínos. Os isolados foram avaliados quanto à capacidade de produção de biofilme em placas de microtitulação. Também foi verificada a capacidade de produção de biofilme por alguns isolados não formadores e fortes formadores de biofilme após serem submetidos a diferentes tipos de estresse subletal (42ºC, 4ºC, pH 5,0 e 5% de NaCl). O comportamento de S. aureus em alimentos foi testado através da contaminação experimental em lombo suíno e leite integral UHT. Ainda, foi avaliada a sensibilidade dos isolados à meticilina pelo teste de disco-difusão. Dos isolados testados, 57,1% (16/28) foram capazes de formar biofilme, sendo 85,7% (6/7) oriundos de leite e 47,6% (10/21) de suínos. Dos três isolados previamente classificados como fortes formadores de biofilme, a maioria manteve essa capacidade após submetidos aos diferentes tipos de estresse subletal. Já em relação aos três isolados não formadores de biofilme testados, apenas um manteve-se inalterado e os outros tornaram-se fracos formadores na maioria dos estresses, exceto um dos isolados, o qual passou a ser moderado formador de biofilme quando exposto ao estresse pelo calor e salinidade. A verificação da capacidade de sobrevivência e multiplicação de S. aureus em alimentos, demonstrou que tanto os isolados provenientes de leite cru bovino quanto os de carcaças de suínos foram capazes de sobreviver durante cinco dias em leite UHT e carne suína sob refrigeração, porém, não se multiplicaram. Em relação a sensibilidade à meticilina, 42,9% (12/28) dos isolados foram classificados como resistentes e, desses, 85,7% (6/7) eram isolados de leite e 28,6% (6/21) de suínos. Os resultados obtidos ampliam o conhecimento a respeito das características de S. aureus, assim, torna-se possível a adoção dos procedimentos apropriados para evitar a multiplicação de S. aureus em alimentos. |