Heterotopias na cidade: caminhografia do evento “Sofá na Rua” em Pelotas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Sebalhos, Carolina Frasson
Orientador(a): Rocha, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8472
Resumo: A cidade tem como uma de suas funções a circulação da população e mercadorias. Sua estrutura normativa se dá pelo cotidiano das circulações, por vezes, controladas pelo Estado. A formação e a finalidade da cidade descrito por Foucault, perpassam por uma análise dos poderes punitivos, controladores e disciplinadores do Estado sobre o indivíduo e a população. Esse controle gera os espaços normatizados, regulamentados. Porém, também gera espaços outros, as heterotopias, lugares reais que contradizem, sobrepõem e, ao mesmo tempo, se distanciam dos espaços normatizados. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é investigar como a caminhografia pode auxiliar na análise das ocupações dos espaços urbanos, mais especificamente no evento “Sofá na Rua” em Pelotas, Rio Grande do Sul. Para analisaremos evento enquanto heterotopia, utilizaremos os estudos sobre disciplina e dispositivo, bem como os princípios dos espaços heterotópicos. A metodologia utilizada é a caminhografia, que através da cartografia oriunda das teses de Deleuze e Guattari, juntamente com a errância de Paola Jacques e a caminhada zonza de Francesco Carreri, compõe uma forma outra de apreensão da cidade cotidiana, banal. A caminhografia busca entender os processos urbanos, bem como os processos da própria pesquisa. Dessa forma, discutimos as caminhografias realizadas e amparados ao nosso referencial teórico, conectamos os eixos do evento e as linhas molar, molecular e de fuga desenvolvidas por Deleuze. Por fim, concluímos que a caminhografia é uma alternativa outra às metodologias tradicionais que totalizam e apagam as singularidades, auxiliando na apreensão da cidade banal, sua ocupação e processos.