Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ruchaud, Guilherme Galdo |
Orientador(a): |
Alfonso, Louise Prado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5535
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Resumo: |
A comunidade do Monte Serrat, localizada na área central de Florianópolis, se notabilizou ao longo das últimas décadas por processos de organização comunitária em que a construção de narrativas identitárias conflitantes com as narrativas oficiais da cidade misturam-se com a própria produção de sua urbanidade. Historicamente formada por famílias negras e em situação de vulnerabilidade social que ocuparam a encosta do Morro da Cruz desde os anos 1920, o Monte Serrat se destaca pelo frequente recurso a um passado constituinte de uma autoproclamada cultura de luta, solidariedade e autonomia. Interações etnográficas diacrônicas com as dinâmicas sociais da comunidade permitem perceber maneiras pelas quais a visibilização de modos de habitar deslegitimados pelo discurso oficial da cidade, principalmente pela mediação de entidades como a Escola de Samba, a Igreja e o Conselho Comunitário, tem agenciado conquistas que se traduzem na materialidade do morro, abrangendo casas, edificações de uso coletivo, espaços públicos e infraestrutura. Nesse sentido, o Monte Serrat tem conseguido, por meio da construção de narrativas pautadas na ressignificação do passado, apropriar-se da produção do território, nem sempre em conformidade com as formas de ordenamento legitimadas pelas narrativas oficiais, em um contínuo processo de fazer-cidade. |