Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Veçozzi, Thaís Antolini |
Orientador(a): |
Sousa, Rogério Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3222
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Resumo: |
A eficiência dos fertilizantes nitrogenados utilizados no cultivo de arroz é baixa, reflexo da susceptibilidade do N a perdas no sistema solo-planta, destacando aquelas originadas da produção de óxido nitroso (N2O). O N2O, juntamente com o metano (CH4) e o dióxido de carbono (CO2), são os principais gases de efeito estufa e suas emissões para a atmosfera são apontadas como a principal causa das mudanças climáticas globais. No Brasil, grande parte da emissão desses gases advém da agricultura e do desmatamento, caracterizando estas atividades como potenciais para reduzir suas emissões. Os fertilizantes nitrogenados de liberação controlada (FLC) são utilizados visando aumentar o aproveitamento de N, em função de sua propriedade de liberar gradativamente o nutriente ao solo. Este trabalho buscou avaliar a eficiência agronômica de fertilizante de liberação controlada e seus efeitos nas emissões de CH4 e N2O no arroz irrigado. O Estudo 1 foi realizado através de um experimento delineado em blocos casualizados, com quatro repetições, em casa de vegetação e composto pelos tratamentos: T1: testemunha sem aplicação de N; T2: ureia aplicada de acordo com a recomendação para a cultura; T3: ureia incorporada; T4: FLC 1; T5: FLC 2. Foram analisadas as concentrações de NH4+e NO3- na solução do solo ao longo do alagamento do solo e o N mineral das plantas. O Estudo 2 foi realizado em condições de campo, com três repetições e os tratamentos: T0: testemunha sem a aplicação de N; T1: ureia aplicada de acordo com a recomendação; T2: FLC em cobertura na semeadura; T3: FLC no sulco de plantio. Foram avaliadas as emissões de CH4 e N2O, o Potencial de Aquecimento Global parcial (PAGp), as concentrações de compostos minerais na solução do solo ao longo do período de alagamento, a eficiência dos fertilizantes e o rendimento de grãos. De acordo com os resultados, a solubilização dos fertilizantes de liberação controlada ocorreu mais rapidamente do que o esperado, não ultrapassando 23 dias de alagamento. A eficiência agronômica no uso de N foi de 17,20 kg kg-1 para o tratamento com uréia, 13,55 kg kg-1 no tratamento com FLC em superfície e 11,51 kg kg-1 para o FLC aplicado incorporado ao solo, resultados que não mostraram diferença estatística. A emissão de CH4 não foi influenciada pelas fontes e formas de aplicação de N. A emissão total de N2O foi de 0,44 kg/ha no tratamento sem N, de 1,09 kg/ha no tratamento com ureia, 2,09 kg/ha no tratamento com FLC em superfície e de 2,94 kg/ha no tratamento com FLC incorporado ao solo. O potencial de aquecimento global parcial não foi afetado pelo manejo da adubação nitrogenada. A aplicação de FLC não tem potencial para reduzir as emissões de CH4 e N2O do solo cultivado com arroz irrigado. O uso de FLC no arroz irrigado não eleva o rendimento de grãos. As contradições e variações observadas nos estudos com fertilizantes de liberação controlada demostram a necessidade de pesquisas amplas que avaliem seu comportamento no solo e a rentabilidade econômica. |