Adubação nitrogenada, fosfatada e emissões de metano e óxido nitroso na cultura do arroz irrigado por sulco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Timm, Pâmela Andrades
Orientador(a): Carlos, Filipe Selau
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Manejo e Conservação do Solo e da Água
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8933
Resumo: O cultivo da soja em terras baixas proporciona melhoria em atributos químicos e microbiológicos do solo; contudo, uma das principais limitações para o cultivo da leguminosa neste ambiente é o excesso hídrico. Dessa maneira, uma alternativa viável para ambas as culturas é a utilização do sistema sulco-camalhão, que proporciona uniformidade e elevado desempenho da cultura da soja, evitando excessos hídricos e morte de plantas. Posteriormente, não haverá formação de lâmina de água uniforme no cultivo do arroz irrigado no sistema sulco-camalhão e isso impacta na condição redox do solo e a dinâmica e disponibilidade de nutrientes no solo, de maneira particular o nitrogênio e o fósforo. Além do impacto na disponibilidade de nutrientes, a variação nas condições redox do solo ao longo do comprimento do sulco de irrigação do arroz deve promover variações no potencial de emissões de metano (CH4) e intensificar os processos de nitrificação e desnitrificação, que têm o óxido nitroso (N2O) como produto intermediário. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a volatilização de amônia, os componentes de rendimento, emissão de metano e óxido nitroso e produtividade de grãos do arroz irrigado em sistema sulco-camalhão em rotação à cultura da soja sob níveis de nitrogênio e fósforo. O experimento foi realizado sob condições de campo na Estação Experimental da Ricetec, safra 2020/21 em Capão do Leão, RS, aproveitando a infraestrutura de sulcos e camalhões estabelecida para a soja cultivada em rotação na safra anterior. Foi utilizado um híbrido de arroz XP117 RiceTec com ciclo de 130 dias. O experimento consistiu em um fatorial duplo 3 x 4, onde fator 1 consistiu na porção ao longo dos sulcos de irrigação (superior, intermediária e inferior) e o fator 2, a dose de N (0, 60, 120 e 180 kg ha-1) e P2O5 (0, 30, 60, 120 kg ha-1) para a cultura de arroz irrigado. O arroz irrigado por sulco é mais responsivo à adubação nitrogenada na porção inferior do sulco e pouco responsivo ao fósforo devido à maior disponibilidade do nutriente no solo, pelo sistema estar altamente alagado, com baixa emissão de oxigênio. A emissão total de N2O associada ao cultivo de arroz é maior na porção superior da lavoura, contrariamente a emissão de CH4 é maior na porção inferior da lavoura, onde o solo é mantido inundado. Dessa forma, a irrigação por sulco reduz a emissão de gases de efeito estufa, constituindo de alternativa promissora para reduzir o potencial de aquecimento global (PAG) parcial em sistemas de produção do arroz no Sul do Brasil.