Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Krumreich, Fernanda Döring |
Orientador(a): |
Zambiazi, Rui Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
|
Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4313
|
Resumo: |
O abacate (Persea americana Mill), pertencente à família Lauraceae é uma frutífera subtropical que possui grande importância econômica devido a qualidade nutritiva dos seus frutos e do óleo extraído da polpa, o qual possui grande similaridade de composição de ácidos graxos com o azeite de oliva. Assim, o objetivo desse trabalho foi obter óleo da polpa de abacate da variedade Breda através de diferentes processos caracterizar e utilizar o óleo para a inclusão em fibras ultrafinas de zeína por meio da técnica de electrospinning. Para realizar a extração dos óleos de abacate, a polpa foi submetida tanto à secagem em estufa sob ventilação (40 ºC e 60 ºC) quanto em estufa a vácuo (60 ºC) e a extração foi realizada por prensagem mecânica ou por Sohxlet utilizando éter de petróleo como solvente. Os abacates da variedade Breda são frutos de porte grande contendo cerca de 72% de polpa em relação ao peso total do fruto, destacando-se pelo expressivo conteúdo de umidade, proteínas e alta atividade antioxidante. Em relação ao teor de óleo obtido em função dos diferentes processos, ficou na faixa entre 25 a 43% com a prensagem mecânica e, entre 43 a 55% com a extração por solvente. Após a avaliação dos índices de qualidade, de compostos bioativos e do perfil de ácidos graxos, constatou-se, que o teor de compostos bioativos foi superior quando a polpa de abacate foi seca a 60 °C (estufa sob ventilação ou vácuo) e utilizado prensagem mecânica para a extração do óleo. Com intuito de desenvolver fibras ultrafinas de zeína pela técnica de electrospinning, o óleo de abacate que apresentou o maior teor de compostos bioativos, dentre os quais, carotenoides, foi incorporado nas concentrações de 15 e 30% (p/p) nas soluções poliméricas de zeína a 20, 25 e 30% (p/v). Análises das soluções poliméricas indicaram um aumento na viscosidade aparente com o aumento da concentração de zeína, mas o mesmo não ocorreu com a condutividade elétrica. Em meio as diferentes concentrações de zeína utilizadas e de óleo de abacate incorporado nas fibras, observou-se eficiência de encapsulação superior a 77% para a maioria das fibras, tendo as concentrações de 30% de zeína independente do teor de óleo utilizado, apresentado a concentração ideal para a formação de fibras ultrafinas contínuas, sem a ocorrência de fragmentação e formação de beads e com superfícies lisas e distribuição de diâmetro variando entre 357 a 971 nm. Pela técnica de espectroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier foi evidenciada a encapsulação do óleo nas fibras de zeína. E a de Difratometria de raio-X demonstrou a estrutura amorfa das fibras. Em relação a liberação dos carotenoides, observou-se que em pHs próximos a neutralidade (6 e 8), temperaturas de 60 e 90 ºC e agitações de 18 rpm por até 1 min, reduziram a liberação dos carotenoides da fibra composta de 30% de zeína e 30% de óleo. Essa mesma fibra apresentou perfil próximo ao ideal de liberação dos carotenoides em condições gastrointentinais simuladas. |