Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Schalch, Nadia Obrownick Okamoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74133/tde-03122019-100652/
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Resumo: |
As micro/nanopartículas de quitosana (NQ) vêm sendo amplamente estudadas como agentes encapsulantes de vitaminas, produzidos principalmente pelo método de geleificação iônica com adição de poliânion tripolifosfato de sódio (TPP). Já as nanoceluloses (NC) são utilizadas essencialmente como polímeros de reforço em matrizes biodegradáveis ou estabilizantes de emulsões. A associação destes polímeros ainda não foi estudada e pode ser interessante, visto que NQ são essencialmente catiônicas em meio aquoso ácido e NC são essencialmente aniônicas, características que devem mudar consideravelmente o comportamento dos ativos nelas veiculados. Assim, este trabalho tem como principal objetivo produzir e caracterizar sistemas híbridos nano/micropoliméricos de NQ e NC (quitosana e celulose) como veiculadores ácido fólico (AF) também conhecido como vitamina B9 e avaliar sua estabilidade (tempo, temperatura e luz) e liberação em pHs ácido e básico. Inicialmente, foram produzidas NC por hidrólise química com H2SO4 64% (v/v) a partir de vagem de soja pré-tratada. A suspensão de NC produzida foi utilizada no preparo dos sistemas híbridos NCNQ por dois métodos: (i) Método A: AF e NC foram adicionados na solução de quitosana e, posteriormente, foi gotejado o TPP para produção das cápsulas, e (ii) Método B: AF e NC foram adicionados na solução TPP e, posteriormente, esta mistura foi gotejada na solução de quitosana para produção das cápsulas. A estabilidade do AF foi avaliada por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE), em amostras expostas ou não à luz ambiente, por 45 dias, e em amostras submetidas ao processamento térmico (até 100°C por 30 min). Enquanto, por Espectroscopia UV-Vis foi determinado o perfil liberação controlada em pH 7,4 e 3 e a estabilidade quando submetidas à radiação ultravioleta (1-4h). As micro/nanopartículas foram caracterizadas quanto ao potencial zeta, tamanho de partícula, microscopia eletrônica de varredura, espectroscopia no infravermelho e estabilidade térmica. A quantificação de AF por CLAE permitiu concluir que as partículas encapsuladas em NQ apresentaram maior estabilidade, independente da presença de NC. Ou seja, não foi evidenciado um efeito positivo na estabilidade da vitamina em função do tempo pela inclusão de NC na suspensão. Os sistemas híbridos foram capazes de liberar uma maior quantidade de vitamina das partículas, seja em pH 3,0 ou 7,4. E a presença de NC aumentou a proteção do AF contra a degradação pela luz ultravioleta, provavelmente devido à capacidade de dispersão de luz das nanoceluloses. Tanto a morfologia quanto os resultados de ATR-FTIR indicam possível interação físico-química entre estes materiais, embora fracas. A relevância deste trabalho está baseada na importância do melhor entendimento destes materiais para possíveis aplicações tecnológicas. |