Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Colvara, Camila Corrêa |
Orientador(a): |
Dâmaso, Andréa Homsi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14805
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Resumo: |
Introdução: O nascimento prematuro é um grande problema de saúde pública em termos de mortalidade neonatal, morbidade de longo prazo e economia da saúde. A progesterona é um hormônio que reduz as contrações do útero e tem papel importante na manutenção da gravidez e nos últimos anos vem sendo utilizada na prevenção do parto prematuro. Este estudo descreve as gestantes de uma coorte de nascimentos, que fizeram uso de progesterona, de acordo com as características demográficas, socioeconômicas, comportamentais e sua história obstétrica e ainda, descreve entre as gestantes com indicação do uso, as prevalências de prematuridade e de uso de progesterona, de acordo com o tipo de financiamento do pré-natal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, incluindo dados das 4.270 mães de crianças elegíveis para a Coorte de Nascimentos de Pelotas 2015. As participantes preencheram um questionário sobre o período perinatal e prénatal. Foram realizadas análises descritivas da amostra e do uso de progesterona em relação às variáveis independentes. Resultados: A prevalência do uso de progesterona foi de (14,4%; IC95% 13,4 – 15,5). O uso de progesterona foi mais prevalente em mulheres brancas, com mais idade, maior escolaridade e maior renda, sem depressão ou problema nervoso; em gestantes com aborto prévio, intervalo entre gestações inferior a dois anos, IMC pré-gestacional categorizado como sobrepeso, com parto cesáreo, com parto múltiplo, que tiveram parto prematuro, com ameaça de aborto e ameaça de parto prematuro. A indicação de uso de progesterona estava presente em 29,8% da amostra. Apenas 23,5%, dessas gestantes que tinham indicação de uso de progesterona, realmente utilizaram o medicamento. Entre as gestantes com indicação, a prevalência de uso de progesterona foi o dobro entre as gestantes com atendimento privado comparadas às de atendimento público (34,3% vs. 17,9%). Ainda entre essas gestantes que tinham indicação de uso, 21,9% tiveram parto prematuro, sendo que 82,4% das gestantes do setor público não utilizaram progesterona, enquanto no setor privado essa prevalência foi de 47,8%. Conclusões: Evidenciamos que a maior prevalência de uso de progesterona ocorreu em gestantes brancas, com maior renda e maior escolaridade, indicando um alto padrão socioeconômico. Também se observou maior uso naquelas gestantes que possuíam fatores de risco para prematuridade. Ainda, estimou-se que mais gestantes com histórico de risco deveriam ter usado progesterona, de acordo com suas histórias obstétricas prévias e atuais, e que houve mais parto prematuro nas gestantes com indicação de uso e que não usaram progesterona no setor público em relação ao setor privado. Compreendemos ser necessário maior atenção a essa população, e assim, qualificando o pré-natal, sobretudo em gestantes com risco de parto prematuro. |