Fungos anemófilos e leveduras isolados em ambientes de laboratórios de microbiologia em Instituição de Ensino Superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martins, Otávia de Almeida
Orientador(a): Meireles, Mário Carlos Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3607
Resumo: Os fungos presentes no ar atmosférico são denominados anemófilos, sendo este habitat o meio de dispersão mais utilizado por esses microrganismos, que possuem a capacidade de colonizar diferentes substratos de forma singular e eficiente. Assim, dificilmente pode existir ambiente livre de contaminação fúngica. As concentrações de fungos no ambiente sofrem influências de diversos fatores, incluindo variáveis ambientais e fatores físicos que podem aumentar a quantidade de propágulos no ambiente. Os fungos anemófilos podem causar problemas como a deterioração de materiais, alergias, intoxicações e infecções. Assim, a presença desses microrganismos em laboratórios de microbiologia pode causar grandes problemas econômicos, de qualidade diagnóstica e relacionados à pesquisa, além das possibilidades de causar prejuízo à saúde das pessoas que trabalham no local. Ao fazer-se uso das normas de biossegurança, o monitoramento de fungos torna-se, então, necessário para um adequado controle ambiental, evitando assim contaminações e infecções. O objetivo deste trabalho foi realizar o isolamento e identificação da microbiota fúngica ambiental presente em nove laboratórios de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) durante o período de fevereiro a novembro de 2015, abrangendo as quatro estações. A técnica utilizada foi de sedimentação em placa de Petri contendo meio Ágar Sabouraud dextrose com adição de cloranfenical. Durante o estudo foram coletadas 228 placas mensais provenientes de coletas semanais dos nove laboratórios totalizando 912 placas no final do experimento, das quais foram isoladas um total de 5101 Unidades Formadoras de Colônias (UFC). Conforme a sazonalidade, o outono foi a estação que apresentou maior número de UFC, correspondendo a 35% (1808/5101) do total encontrado, já no inverno obteve-se apenas 17,3% (884/5101). Em relação ao isolamento fúngico, o gênero Cladosporium representou 46,3% do total de UFC, seguido de Penicillium e de fungos não caracterizados quanto ao gênero, em decorrência da ausência de micélio reprodutivo, sendo então classificados como “micélio aéreo estéril”. Não houve diferença significativa entre o número de UFC encontradas nos distintos laboratórios, assim como também não houve diferença no número de UFC encontradas nos distintos ambientes pertencentes aos laboratórios. Os gêneros prevalentes foram Cladosporium e Penicillium.