Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Luísa Grecco |
Orientador(a): |
Fernandes, Cristina Gevehr |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Faculdade de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8136
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Resumo: |
O carcinoma de células escamosas é um tumor epitelial maligno de queratinócitos, composto por células heterogêneas com variados fenótipos, que ocorre principalmente em regiões glabras, com pouca ou nenhuma pigmentação. A neoplasia é comum em cães, gatos, equinos e bovinos, relativamente incomum em ovinos e rara em caprinos e suínos. Na medicina veterinária, a classificação histológica mais adotada se baseia no grau de diferenciação, diferindo da medicina humana, em que são utilizados diversos sistemas de classificação para CCEs orais e cutâneos, sendo mais utilizado o sistema de classificação de malignidade, multifatorial, que avalia aspectos morfológicos das células neoplásicas. Assim este estudo teve como objetivo definir elementos morfológicos com potencial prognóstico através do sistema de classificação multifatorial para carcinomas de células escamosas cutâneos em cães. A dissertação consiste de dois artigos científicos, sendo que no primeiro consta o estudo das classificações histopatológicas de CCEs e o segundo, demonstra os resultados da avaliação comparativa dos sistemas de classificação de CCEs cutâneos em cães por parâmetros histomorfológicos ou pelo grau de diferenciação. Realizou-se um estudo retrospectivo dos casos de CCEs cutâneos em cães, no período de 2016 a 2020 diagnosticados no Serviço de Oncologia Veterinário da Universidade Federal de Pelotas (SOVet/UFPel). Foram selecionados 67 casos provenientes de biópsias ou necropsias, destes 30 casos foram acompanhados para a avaliação de sobrevida. As lâminas histológicas de todos os casos já diagnosticados foram revisados e as lesões graduadas de acordo com o algoritmo adaptado de Nagamine. Para a comparação entre os métodos de classificação dos CCEs cutâneos em cães foi realizado índice Kappa (k). Buscou-se também avaliar a utilidade dos parâmetros do sistema de graduação como preditores prognósticos através de estimativas de sensibilidade e especificidade e valor preditivo positivo. A análise dos dados de sobrevida foi realizada pelo método de Kaplan-Meier. O acompanhamento de sobrevida dos animais do estudo foi realizado através do contato telefônico trimestral com os tutores, por no mínimo 12 meses. Quanto a avaliação do índice Kappa, o valor obtido foi de K = 0,266, indicando que há pouca concordância entre os modelos diagnósticos. Na avaliação da utilidade dos parâmetros morfológicos como preditores prognósticos, a queratinização e o pleomorfismo nuclear, do escore 1, inflamação e padrão de invasão, do escore 2 e mitoses, do escore 4, apresentaram valores maiores de sensibilidade e de VPP. Neste estudo, o tempo médio de sobrevida de cães portadores de CCEs cutâneos foi de 8,1 meses após o diagnóstico. |