Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Ritta, Mauren de Castro |
Orientador(a): |
Schneider, Augusto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Nutrição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3921
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Resumo: |
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam a principal causa de morte no mundo. No Brasil, assim como em outros países, as doenças cardiovasculares (DCV’s) representam um terço dos óbitos em adultos. Em estudo que investigou a prevalência de DCV foi demonstrada que esta se apresentava igual entre os sexos quando as mulheres estavam no período pós-menopausa. A deficiência de estrógeno decorrente desse período está associada a alterações no perfil lipídico, distribuição e composição corporal, que levam a uma modificação oxidativa importante na etiologia da aterosclerose, pois a ação da lipoproteína de alta densidade (HDL-c) estará diminuída. A paraoxonase 1 (PON1) circula ligada ao HDL-c sendo a responsável pela ação ateroprotetora. O gene que codifica a PON1 tem diversos polimorfismos de nucleotídeo único (SNP do inglês, single nucleotide polymorphism), sendo aquele localizado na região promotora C(-107)T o que exerce efeito sobre a atividade sérica e expressão gênica. A atividade da PON1 sofre influencias genéticas, ambientais e fisiológicas que estimulam ou inibem sua ação e expressão. A dieta atua tanto na prevenção de DCV assim como na atividade da PON1. Diante deste contexto, em que diversos fatores contribuem para o risco de DCV’s e de poucos relatos científicos relacionando menopausa, dieta, genótipo e atividade da PON1, percebe-se a necessidade de ampliar os conhecimentos sobre a prevenção de comorbidades associadas a esta fase da vida da mulher. Este estudo foi proposto com o objetivo de relacionar o nível de atividade da PON1 no soro de mulheres em períodos pré e pós-menopausa com a presença do polimorfismo C(-107)T do gene da PON1 e consumo alimentar, visando identificar fatores de risco para DCV. Foi realizado um estudo transversal com 91 mulheres entre 20 e 59 anos, atendidas em serviço de nutrição, divididas em dois grupos, sendo 55 na pré-menopausa e 36 na pós-menopausa. Das participantes foram coletados dados antropométricos,amostra de sangue, aplicado questionário de frequência alimentar (QFA) e questionário geral sobre condições de saúde e hábitos de vida. Foi observada diferença significativa na população com o genótipo TT em relação à baixa atividade da PON1, predomínio de excesso de peso em ambos os grupos, perfil lipídico e glicêmico alterado com diferença significativa para o nível de colesterol total e glicemia de jejum, sendo evidenciada uma tendência ao aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) e hemoglobina glicada (HbA1C) e diminuição no consumo de calorias e carboidratos nas pós-menopausa. A atividade da PON1 não apresentou interação com a menopausa, consumo de lipídios, alimentos processados e in natura. Concluindo estes resultados reforçam a importância de intervenções preventivas e promotoras de estilo de vida saudável, afim de contribuir para o controle de fatores de risco modificáveis, visto que população apresenta uma predisposição para o desenvolvimento de DCV. |