Efeito da menopausa e da hipertrigliceridemia na transferência de lípides e atividade da paraoxonase em mulheres diabéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Knop, Luciana Bastianelli
Orientador(a): Couto, Ricardo David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31944
Resumo: A alta prevalência da diabetes mellitus tipo 2 (DM2) na população e complicações associadas à doença, como a doença aterosclerótica cardiovascular, estão cada vez mais presentes na mulher. Na DM2, observam-se alterações lipoproteicas, principalmente a hipertrigliceridemia, alterações que são agravadas na menopausa. Estudos têm demonstrado que a transferência in vitro de lípides para a HDL e a determinação da atividade da paraoxonase são métodos robustos para a avaliação funcional da HDL, uma vez que, no diabetes,a função protetora da HDL está alterada. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi o de verificar se há diferença na atividade da paraoxonase e na transferência de lípides para a HDL em função da presença de hipertrigliceridemia e menopausa em mulheres DM2. MATERIAL E MÉTODOS: Foram coletadas amostras de sangue de 63 pacientes do gênero feminino, diabéticas do tipo 2, entre 25 e 70 anos, pareadas por faixa etária e comorbidades associadas. Foram realizadas determinações laboratoriais para diabetes e dislipidemia; transferência in vitro de lípides radioativamente marcados, de uma nanopartícula (LDE) artificial para a HDL, por cintilação líquida, assim como, a atividade da paraoxonase por espectrofotometria. Para a análise dos dados foi realizada estatística descritiva e inferencial; cálculo do tamanho amostral, teste de normalidade, cálculo de valores extremos, teste t não pareado, e análise de correlação linear de Pearson.RESULTADOS: Os resultados apresentaram uma diferença na atividade da paraoxonase-1 em função da intensidade da hipertrigliceridemia entre os grupos,independente da condição de menopausa ou não (teste t não pareado; p<0,05). Além disso, observou-se também diferença na transferência de fosfolípides entre os grupos, assim como, uma correlação linear positiva entre a transferência de fosfolípides e colesterol éster (r=0,94; p = 0,0004), e uma correlação linear negativa (r= -0,617; p= 0,038) na redução da transferência de colesterol éster em função da intensidade da hipertrigliceridemia. DISCUSSÃO: Apesar de as determinações laboratoriais bioquímicas convencionais não terem apresentado significância quanto à verificação e comparação das pacientes diabéticas normo e hipertrigliceridêmicas em relação à menopausa, observou-se alterações significativas na atividade da paraoxonase e transferência de fosfolípides e colesterol éster para HDL em mulheres menopausadas quando comparadas àquelas não menopausadas intra e intergrupos. CONCLUSÃO: Os achados desse estudo mostram que não apenas a hipertrigliceridemia diabética, mas que,em determinadas condições, a menopausa também influencia o metabolismo da HDL, a ação da paraoxonase e as transferências de fosfolipídios (PL) e colesterol éster (CE) para a HDL.