Equilíbrio Reflexivo Amplo e Justificação Pessoal.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andreazza, Tiaraju Molina
Orientador(a): Silveira, Denis Coitinho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5087
Resumo: Desde a sua nominal formulação por John Rawls em A Theory of Justice (1971), e posterior popularização por uma série de ensaios de Norman Daniels (1979-1983), o método do equilíbrio reflexivo amplo tornou-se parte relevante do debate metaético e epistemológico. Não obstante esse reconhecimento, desde então a compreensão que se possui do método avançou pouco além dos ensaios do Daniels. O objetivo desta dissertação é preencher essa lacuna argumentando que a filosofia de Rawls contém pressupostos a partir dos quais é possível articular uma versão alternativa do método. Contrariamente à leitura padrão favorecida por Daniels, é defendido que o equilíbrio reflexivo amplo é utilizado por Rawls para mostrar que a justiça como equidade é a resposta para a seguinte questão: se uma pessoa razoável estiver pessoalmente justificada em sustentar as suas crenças morais, que concepção de justiça ela sustentaria em reflexão? Partindo dessa caracterização, o equilíbrio reflexivo amplo é apresentado como o esboço de uma concepção moderadamente fundacionalista de justificação pessoal. Com base nessa imagem do método são discutidas algumas das objeções tradicionalmente endereçadas contra ele, como as objeções do descritivismo e do conservantismo. Conclui-se que essas críticas, se devidamente interpretadas, apontam acertadamente algumas limitações do ERA, embora seja contestável se essas limitações representem falhas genuínas no método proposto por Rawls.