Is the rawlsian utopia overly intellectual?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tonon, Artur Comiran
Orientador(a): MacDonald, Paulo Baptista Caruso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257600
Resumo: Este trabalho visa analisar as exigências intelectuais do ideal da sociedade bem-ordenada de John Rawls. Parte-se do princípio de que um ideal de sociedade visto como um objeto a ser produzido no mundo deve ser tal que desejemos produzi-lo. São consideradas duas objeções que colocam em questão a desejabilidade do ideal de sociedade rawlseano por considerá-lo ‘hiperintelectualizado’. A primeira objeção questiona os critérios estabelecidos por Rawls para que uma doutrina abrangente seja considerada razoável, apontando que, ao incluir critérios racionalistas, Rawls exclui arbitrariamente visões de mundo plenamente compatíveis com a cooperação entre cidadãos livres e iguais. A segunda objeção rejeita a proposição rawlseana de que um estado de equilíbrio reflexivo amplo e geral ocorre na sociedade bem-ordenada, argumentando que tal estado exigiria que os cidadãos em geral tivessem disposições de desenvolver habilidades teóricas características de um filósofo. Considera-se, ao final, possíveis caminhos para evitar a hiperintelectualização. De um lado, argumenta-se que doutrinas abrangentes razoáveis são melhor compreendidas em termos estritamente éticos, bem como é salientado o papel de doutrinas abrangentes menos articuladas no modelo de formação do consenso sobreposto de Rawls. De outro lado, é esboçada uma noção alternativa de aceitação pública que não recorre a um estado de equilíbrio reflexivo pleno, mas cuja caracterização envolve a idealização de um tal estado, mesmo que este último não deva ser produzido no mundo.