A percepção do processo de internacionalização por docentes e discentes de pós-graduação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Marília Lima
Orientador(a): Vetromille-Castro, Rafael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14789
Resumo: A internacionalização das instituições de ensino superior, considerada como o processo de “integração das dimensões internacional, intercultural ou global no propósito, função ou oferta da educação superior” (KNIGHT, 2003, p. 02), vem ganhando força nos últimos trinta anos. A internacionalização ainda é confundida como sinônimo de mobilidade acadêmica que, apesar de importante, não é o único fator responsável pelo desenvolvimento da internacionalização das instituições de ensino superior. Nesse sentido, a internacionalização em casa (BEELEN; JONES, 2015) e internacionalização do currículo (LEASK, 2009) são relevantes para a democratização do processo, que deve envolver toda a comunidade acadêmica, não apenas os que têm possibilidade de mobilidade internacional. Nesta dissertação, analisaremos as percepções de docentes e discentes de programas de pós-graduação de notas 5, 6 e 7 na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em relação à internacionalização da instituição. Tal recorte foi feito pois os programas de notas 6 e 7 são considerados altamente internacionalizados, enquanto os de nota 5 podem estar buscando maior internacionalização a fim de preencherem um dos critérios para aumentarem sua nota na avaliação CAPES. A pesquisa é de caráter qualitativo, constituindo-se em estudo de caso com base documental para análise dos documentos pertinentes à internacionalização da instituição escolhida e empírica com base na coleta feita por meio de um questionário enviado aos participantes para análise da percepção sobre o processo de internacionalização na instituição. Na análise de dados, percebemos que discentes têm uma visão mais positiva tanto do nível quanto dos esforços para internacionalização da instituição, mas, ao mesmo tempo, nem sempre estão envolvidos nesses esforços. Ambas as categorias, docentes e discentes, parecem associar internacionalização apenas à mobilidade, e podem não reconhecer ações de internacionalização em casa como parte das ações de internacionalização da instituição. O papel da formação linguística em língua estrangeira, fundamental para o desenvolvimento da internacionalização, parece não estar tão presente nos programas observados. Com isso, temos um retrato da internacionalização na instituição, a partir das percepções de acadêmicos ligados a ela, principalmente em relação às ações de internacionalização que vão além da mobilidade acadêmica.