Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Costa, Fabricio Martinatto da |
Orientador(a): |
Rodrigues, Léo Peixoto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
|
Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5290
|
Resumo: |
Esta dissertação parte dos estudos sociais da ciência e da arqueogenealogia foucaultiana para traçar as implicações concretas das transformações da concepção de ciência sobre as práticas psicológicas orientadas para o sistema prisional, ressaltando as maneiras pelas quais seu discurso científico tem lidado com o desafio de produzir um conhecimento ora legitimador das práticas punitivas, ora resistente à lógica punitiva. Trata-se, mais especificamente, de investigar como determinadas formas de saber, de poder e de subjetividade emergem e são articuladas em face da modificação epistemológica de determinadas realidades sociotécnicas, como o caso da Psicologia, e as redes que a acompanham, lhe dão sustentação e compõem seus efeitos no sistema prisional. Pontuando a formação de uma ciência brasileira sempre atrelada à busca por soluções para os problemas eleitos como “urgentes”, o presente estudo interessa-se pelos cruzamentos entre as disciplinas científicas – especificamente a Psicologia – e a lógica punitiva que sustenta as formas pelas quais os conflitos sociais são pretensamente resolvidos no país. Adentra-se, ainda, nas propostas contemporâneas formuladas na tentativa de desvencilhar as práticas psicológicas de uma tradição epistemológica baseada no positivismo, no evolucionismo e na etiologia. Discute-se o quanto essas novas propostas da ciência psicológica configuram-se em modos de gestão de condutas baseadas em uma matriz liberal. Com o intuito de conhecer os efeitos das transformações da concepção de ciência no caso da Psicologia aplicada ao sistema prisional, optou-se pela análise do discurso de artigos científicos que desenvolvem técnicas psicológicas voltadas para as prisões, bem como do discurso do Conselho Federal de Psicologia, consubstanciado em diversos documentos produzidos sobre o tema nos últimos anos. Mapeou-se, dessa forma, como os argumentos de uma nova orientação epistemológica da Psicologia são mobilizados para criação de novas práticas, evidenciando-se as grandes dificuldades em articular uma proposta de resistência em um espaço institucional extremamente normatizado e normalizador, como o sistema prisional. |