Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Kuskoski, Matheus Soares |
Orientador(a): |
Schio, Sônia Maria |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
|
Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5088
|
Resumo: |
A presente investigação realiza uma análise do pensamento político de Hannah Arendt (1906-1975) tendo por fio condutor o conceito de senso comum por ela utilizado. Este termo foi objeto da atenção de Arendt desde seus primeiros escritos, quando identificou o esvaziamento, na Era Moderna, dos conceitos e das experiências herdados do passado. É fundamental, nas suas reflexões, a possibilidade da ação humana enquanto capacidade de ação em conjunto em um espaço publicamente acessível, assim como a troca de julgamentos sobre as experiências comuns visando a alcançar consensos. Em todos os casos, o conceito de senso comum é central para a argumentação. Nesta pesquisa são apresentadas razões para sustentar que o termo senso comum não é unívoco na Filosofia de Arendt, mas apresenta três significados distintos, porém correlatos. Em primeiro lugar, o conceito se refere à faculdade humana responsável pela unidade das percepções produzidas pelos órgãos dos sentidos, permitindo assim uma experiência do real; esta faculdade, também, aponta para a intersubjetividade, ao confirmar as impressões individuais em outros sujeitos. Ademais, Arendt refere-se ao senso comum ao tratar das crenças, costumes e tradições disseminados em determinada comunidade. Por fim, senso comum designa um parâmetro para a formulação de juízos, mediante o qual o sujeito ajuizante leva em consideração a opinião dos demais ao formular a sua própria. Esses sentidos distintos para o conceito são conexos, pois apontam para experiências básicas e comuns, porém exercem diferentes funções argumentativas. Dessa forma, é preciso que ele seja explicitado para que seja compreendido em seus diferentes aspectos, em especial tendo em consideração a vida público-política nos moldes arendtianos. |