Os conceitos de ação e educação em Hannah Arendt: distinções necessárias para uma relação possível

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Souza, Mariana Valdelice de Jesus
Orientador(a): Almeida, Vanessa Sievers de
Banca de defesa: Carvalho, José Sérgio Fonseca de, Santos, Wilson Nascimento, Almeida, Vanessa Sievers de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32083
Resumo: A presente pesquisa analisa os principais aspectos dos conceitos de ação e de educação de Hannah Arendt. Em sua obra A condição humana, a autora afirma ser a atividade da ação a que nos torna verdadeiramente humanos e que, ao agirmos, pode sugerir um novo início no mundo. Já em seu ensaio A crise na educação, a filósofa declara que a atividade educativa é a que acolhe e familiariza os recém-chegados com o mundo, a partir da dupla responsabilidade de quem educa: a de receber os novos e a de cuidar do espaço mundo em comum. Hannah Arendt é categórica quando afirma que os âmbitos da ação e da educação são distintos e precisam ser separados. Entretanto, a própria autora nos aponta indícios de que essas diferenças não anulam a possibilidade de os dois conceitos estabelecerem relações: por ser a educação a atividade que introduz os recém-chegados no mundo comum e, a ação, a atividade que nos possibilita, através dos atos e das palavras, revelarmos quem somos, todas as vezes em que agimos. A proposta central desta pesquisa é compreender o que caracteriza os conceitos arendtianos de ação e de educação, em que se distinguem e quais as possibilidades de relações entre eles. Considerando que, atualmente, predomina um modelo de educação estruturado para atender as demandas de funcionamento da sociedade, priorizando preparar os educandos para serem trabalhadores funcionais e consumidores, torna-se urgente refletirmos sobre outras perspectivas para educação, na busca do sentido que ela tem em si mesma, o seu vínculo com o mundo e as suas relações com a nossa capacidade de realizar o novo, ou seja, a nossa capacidade de agir.