Cartografias do limiar: processos de formação de um arquiteto e urbanista errante.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nunes, Gustavo de Oliveira
Orientador(a): Rodrigues, Carla Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4389
Resumo: Trata da formação em Arquitetura e Urbanismo através do caminhar. Acompanha a figura conceitual do arquiteto em suas errâncias realizadas em grupo no seminário Explor-ações urbanas: errar no limiar, em que foi escrito um diário de bordo no decor-rer dos percursos. A partir da justificativa de que há uma sensibilidade moldada aos valores do mercado, objetiva-se a invenção de outros modos de ver e dizer acerca da cidade. A cartografia como método permite acompanhar tal processo ao mapear as linhas molares de uma formação atravessada pelas linhas de fuga da experimentação intensiva do meio urbano. Na sobreposição de mapas do trajeto realizado, pensa-se os deslocamentos que mais se repetiram na experimentação. Assim, o texto desdo-bra-se em três movimentos analíticos que dão a ver as linhas molares, moleculares e de fuga da experiência que ocorreram com a BR, o ônibus e os acontecimentos travados nos bairros periféricos. Com base nisso, afirma-se a dificuldade da errância, pois o pensamento tende a conservar suas linhas molares. Todavia, errar coloca a formação em relação com forças que fogem do seu campo de saber, permitindo à mesma se desterritorializar para pensar diferente. Caminhando-se em bairros perifé-ricos, constata-se a necessidade de uma sensibilidade apta a acolher a diferença da cidade, na compreensão da importância dos territórios existenciais que se fundam em meio à ela. Também, que os modos como o arquiteto e urbanista olha o mundo são produzidos por instâncias midiáticas que ultrapassam a experiência imanente do meio urbano, gerando um regime de verdade que comporta medos e preconceitos. Por fim, afirma-se que o caminhar suscita uma experiência estética que desmistifica tais dis-cursos, possibilitando ao arquiteto e urbanista se subjetivar de outra maneira, criando por via de uma formação errante outras formas de ver e dizer acerca da cidade.