Comportamento antipredação das moscas-das-frutas Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) e Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) mediante Euophrys sutrix Holmberg, 1875 (Araneae: Salticidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Gobbi, Priscilla Costa
Orientador(a): Garcia, Flávio Roberto Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Entomologia
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8726
Resumo: A ecologia comportamental estuda as ações e escolhas de um organismo para obter sucesso na sua sobrevivência e reprodução. Os insetos apresentam amplo repertório comportamental que proporciona capacidade de defesa contra predadores. Para compreender esse repertório, deve-se proceder através de formulação de hipóteses testáveis. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi observar e analisar a ocorrência de comportamento antipredação de Anastrepha fraterculus e Ceratitis capitata mediante Euophrys sutrix. Os experimentos foram realizados em arenas translúcidas, e o repertório comportamental registrado em caderneta de campo, filmagens e fotos. Cada encontro durou quinze minutos, ou até que a mosca fosse predada. Como resultados, os valores para predação das espécies A. fraterculus para macho e fêmea e C. capitata para machos foram significativos quando comparados a testemunha Musca domestica através de teste Qui-quadrado para grau de liberdade 5% e teste de regressão. Para análise de variância (ANOVA) e médias (Tukey) à 5% de probabilidade notou-se que o tempo de predação foi significativo para as três espécies. Ainda para predação, todos os indivíduos não predados exibiram comportamento agressivo. O comportamento foi relatado apenas para as espécies de mosca-das-frutas, sendo o tempo médio de exibições durante a interação de 15 min para A. fraterculus de 6,07 ± 2,68 min com repetições médias durante esse período de tempo de 2,53 ± 1,57, para C. capitata o tempo médio de exibições foi de 7,88 ± 3,40 min, ocorrendo nesse intervalo de tempo 2,21 ± 1,79 exibições. A média de indivíduos que fizeram uso de fuga em A. fraterculus foi de 7,89 ± 3,42 min com média de 2,53 ± 1,25 repetições. Para C. capitata a média foi de 7,14 ± 2,58 min e média de repetições de 1,83 ± 1,03, para M. domestica, a média foi de 10,17 ± 2,12 min com média de 2,87 ± 2,36 repetições, os valores não foram significativos para fuga. Relatou-se 10% de fugas em E. sutrix, para A. fraterculus ocorreram 37,5%, em C. capitata, 7,5% e M. domestica 20%. Constatou-se, que indivíduos de Tephritidae que apresentaram exibições combinadas de extensão e supinação conseguiram evitar a predação. Sendo este trabalho fundamental para avaliarem-se novas técnicas de manejo de moscas-das-frutas e diminuir o prejuízo material e econômico na fruticultura no Brasil.