Patogenicidade de fungos sobre Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae), em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Macalapu, Franco Dennis Loyola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: CCA
Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/1455726768450040
http://lattes.cnpq.br/7586437979843279
http://lattes.cnpq.br/5433221272927171
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/11164
Resumo: Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae) é uma das principais pragas da fruticultura mundial, causando danos diretos e indiretos que afetam diversas frutíferas. O uso dos fungos entomopatogênicos (FEs), é uma alternativa promissora dentro do controle biológico de pragas. Recentemente vários estudos estão sendo realizados para avaliar a eficiência dos entomopatógenos no controle de moscas-das-frutas. Neste trabalho se avaliou o potencial de quatro fungos entomopatogênicos sobre adultos de C. capitata, mediante duas formas de exposição (inoculação tópica e pela alimentação), em condições de laboratório. Os tratamentos avaliados foram Beauveria bassiana com concentração de 2 x 10⁹ UFC/mL, Cordyceps fumosorosea 3 x 10⁹ UFC/mL, Cordyceps javanica 1x10¹⁰ UFC/mL, Metarhizium anisopliae 6x10⁸ UFC/mL e água destilada esterilizada como controle. Cada tratamento foi composto por 20 repetições, sendo cada mosca (3 a 5 dias de idade) uma repetição. A aplicação tópica foi realizada em adultos (previamente anestesiados a frio), com 1 μl de cada suspensão fúngica, aplicadas no dorso da mosca. Foram avaliadas duas doses (0,5 e 1,0 L ou Kg. ha-1). No método pela alimentação as moscas passaram 12 horas sem alimentação antes de iniciar o bioensaio. A dieta de alimentação foi misturada com os conídios dos tratamentos, em duas proporções (1:1 e 1:2), permanecendo dentro das gaiolas por 48 horas. Em seguida, as moscas de ambos experimentos, foram transferidas para gaiolas plásticas (25,5 x 25 x 12 cm), com alimento e água ad libitum, e acondicionadas em câmaras BOD (temperatura de 25 ± 1°C, umidade de 65 ±10% e fotofase de 12 horas). A mortalidade das moscas foi registrada diariamente por 21 dias. Os exemplares mortos foram acomodados em placas de Petri (5 x 1cm), sobre papel filtro e um pedaço de algodão umedecido e colocados em câmaras BOD. Ao final das avaliações no método pela inoculação tópica constatou-se, que a maior mortalidade foi para M. anisopliae com mortalidades de 75% e 90% nas duas doses testadas, respectivamente. O menor valor de tempo letal médio (TL₅₀) foi para M. anisopliae (3,52 e 3,55 dias). Por outro lado, no método pela alimentação C. javanica alcançou mortalidades de 95% para ambas proporções testadas e com um TL₅₀ de 5,86 e 5,95 dias. Beauveria bassiana, apresentou um aumento de mortalidade na proporção maior (1:2), atingindo uma mortalidade de 70% e um TL₅₀ de 3,72 dias, porém as moscas mortas deste tratamento, não apresentaram sinal de micose. Estes resultados sugerem que M. anisopliae, C. javanica e B. bassiana apresentam potencial de uso para o controle de C. capitata.