Protocolo para avaliação de frênulo lingual na primeira infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ripplinger, Tamara
Orientador(a): Romano, Ana Regina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3613
Resumo: O presente estudo teve como primeiro objetivo realizar uma busca sistemática da literatura através de um Scoping review sobre protocolos que avaliam clinicamente e classificam o frênulo lingual, descrevendo os principais estudos identificados e sua aplicabilidade na primeira infância. A busca de estudos pertinentes nos bancos de dados: PubMed, Scielo, Lilacs e Web of Science, Google Acadêmico, literatura cinzenta, banco de teses e dissertações da Capes, dentre outros, resultando na identificação de 1.543 títulos, sendo 34 artigos incluídos. Após o mapeamento dos dados e sua avaliação foram identificados 12 instrumentos, cinco deles para recém-nascidos ou bebês até 6 meses de idade. Estes parecem ser capazes de avaliar se há interferência significativa do frênulo lingual, especialmente, se a alteração interfere na amamentação, necessitando apenas a sua universalização. Porém, na condição de diagnóstico mais tardio, há uma falta de protocolos, sendo necessário o desenvolvimento de instrumentos com validade e aplicabilidade para o correto diagnóstico. Na segunda parte da pesquisa houve o desenvolvimento de um protocolo para avaliação de frênulo lingual da primeira infância que foi testado em crianças de 8 a 71 meses de idade, sendo uma avaliação transversal com amostra de conveniência de 165 crianças atendidas na Odontopediatria da FO- UFPel, RS, Brasil. O instrumento apresenta três partes: histórico (4 pontos), avaliação da fala e da mobilidade da língua (16 pontos) e exame físico (12 pontos). O pior resultado é de 32 pontos, representando 100% dos parâmetros. Os exames foram conduzidos por um único avaliador e os resultados mostraram uma frequência de 8,5% de anquiloglossia significativa. Na análise ajustada foi verificada a sua associação com o sexo masculino (RP 1,07 IC 1,00-1,14), a presença de antecedentes familiares (RP 1,20 IC 1,06-1,36), a presença de estalos (RP 1,18 IC 1,05-1,32) e a nenhum ou até 5 meses de aleitamento materno (RP 1,14 IC 1,04-1,26). A análise dos parâmetros, isoladamente ou em bloco, evidenciaram que o protocolo facilitou a identificação da presença de anquiloglossia significativa na primeira infância, sendo importante o treinamento para seu uso. Estudos complementares são necessários, como para avaliação de sua reprodutibilidade.