Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Martinelli, Roberta Lopes de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-05062013-094418/
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Resumo: |
O frênulo lingual pode limitar os movimentos da língua dependendo da porção de tecido residual que não sofreu apoptose durante o desenvolvimento embrionário, podendo justificar a variação anatômica do frênulo. Diferenciar essas variações requer conhecimento da anatomia da língua e do assoalho da boca para identificar se esses achados podem comprometer a movimentação da língua e as funções orofaciais. A literatura contempla um protocolo não validado para avaliação do frênulo de língua em bebês até seis meses de idade, existindo críticas quanto à sua exequibilidade e complexidade. Este trabalho teve por objetivo verificar se as características anatômicas do frênulo da língua influenciam na sucção e deglutição de bebês nascidos a termo, com a finalidade de propor um protocolo de avaliação do frênulo lingual para bebês. Para isso foi elaborado um protocolo específico dividido em história clínica, avaliação anatômica e avaliação funcional, o qual foi aplicado em 100 bebês saudáveis, nascidos a termo. A avaliação foi realizada por duas fonoaudiólogas especialistas em motricidade orofacial, com experiência em avaliação de frênulo lingual por meio da análise das filmagens realizadas durante a aplicação do protocolo. Para o tratamento estatístico foi aplicado o teste Qui-quadrado seguido do teste exato de Fisher, além da análise de variância, considerando os dados qualitativos e quantitativos, respectivamente. Os resultados obtidos a partir do consenso entre as duas avaliadoras e a análise estatística mostraram que houve relação entre a tendência do posicionamento da língua durante o choro e o tempo entre as mamadas; entre a forma da língua quando elevada e o cansaço para mamar; bem como entre a fixação do frênulo na língua e o movimento da língua na sucção não nutritiva. Pela análise dos dados dos 16 bebês com alteração de frênulo lingual, foi possível chegar às características indicativas de alteração. Na história clínica, os dois itens indicativos foram morde o mamilo e o tempo entre as mamadas. Na avaliação anatomofuncional, as características indicativas foram a tendência do posicionamento da língua durante o choro, a forma da ponta da língua quando elevada e a fixação do frênulo na língua. Na avaliação da sucção não nutritiva todos os 16 bebês apresentaram movimentos de língua incoordenados. Na sucção nutritiva durante a amamentação, a análise mostrou que bebês com alteração do frênulo apresentaram poucas sucções com pausas longas, incoordenação sucção/deglutição/respiração, estalos de língua assistemáticos ou frequentes, bem como mordem o mamilo. Tais achados possibilitaram a adequação do protocolo inicial, e a atribuição de escores, incluindo a pontuação indicativa de alteração do frênulo. Concluiu-se que a forma da língua quando elevada durante o choro e a fixação do frênulo na língua são as características anatômicas do frênulo lingual que influenciam o movimento da língua durante a sucção não nutritiva e o ritmo da sucção durante a amamentação. A partir dos resultados e da experiência da aplicação foi possível propor um protocolo de avaliação do frênulo da língua com escores para bebês, sensível para diagnosticar as características anatômicas do frênulo lingual que podem interferir nas funções de sucção e deglutição durante a amamentação. |