Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ripplinger, Tamara |
Orientador(a): |
Cascaes, Andreia Morales |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8249
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Resumo: |
A Entrevista Motivacional (EM) é um método de aconselhamento diretivo utilizado para melhorar a motivação intrínseca e fortalecer o compromisso com as mudanças de comportamentos em saúde. Com o uso deste método, a capacidade e a decisão de promover a mudança estão sob o controle dos indivíduos, pois a abordagem é centrada na exploração do espaço destes, para que eles mesmos consigam classificar seus problemas conflitantes e contraditórios, encontrando soluções. Para que este método adquira resultados positivos o monitoramento da fidelidade ao protocolo é crucial. Dessa forma, o objetivo do presente estudo é avaliar o grau de fidelidade da implementação das Entrevistas Motivacionais (EM) aplicadas aos responsáveis de crianças de zero a três anos de idade participantes de um estudo de intervenção comunitário randomizado e controlado, voltado para a promoção de saúde bucal em Unidades Básicas de Saúde de Pelotas, RS, nos anos de 2015 a 2017. Após treinamentos, sete intervencionistas realizaram visitas domiciliares para implementar as EM, as quais foram gravadas e armazenadas em computadores. As EM foram submetidas a audição para avaliação quanto à fidelidade ao protocolo, com base nos critérios estabelecidos pelo instrumento “Motivational Interviewing Treatment Integrity 3.1.1. (MITI 3.1.1.)”. Este instrumento possui domínios específicos para avaliar estratégicas de entrega da EM, com base nos seus princípios (motivação/evocação, colaboração, respeito à autonomia, orientação para mudança e empatia) e habilidades (escutar, informar e perguntar). Os valores médios para cada domínio foram calculados tanto para o grupo de intervencionistas quanto individualmente para cada um. Estes escores foram comparados com parâmetros preconizados pelos autores do MITI 3.1.1. para intervencionistas em nível iniciante e experiente. A pontuação média global de classificação de espírito da EM foi de 4,0 (IC 95% 3,9–4,1). As pontuações médias dos princípios da EM variaram de 3,8 (IC 95% 3,7–3,9) a 4,3 (IC 95% 4,2– 4,4). A proporção de reflexão para perguntas foi de 0,9 (IC 95% 0,8-1,0), o percentual das questões abertas foi 76,3% (IC 95% 73,1-79,6),o de reflexões complexas foi 66,1% (IC 95% 63,1-69,1) e o de informações aderentes foi de 94,1% (IC 95% 93,5–94,5). Os intervencionistas com pontuações mais altas implementaram mais sessões com maior duração do que aqueles com pontuações mais baixas (p = 0,012). Os intervencionistas alcançaram competência iniciante e experiente em EM. O desempenho como experiente foi observado naqueles que realizaram mais EM e passaram mais tempo conversando com os responsáveis das crianças. |