Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
D'Ávila, Camila Amaral |
Orientador(a): |
Gasperin, Bernardo Garziera |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Veterinária
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11857
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Resumo: |
O uso de biotécnicas reprodutivas e protocolos hormonais permitem a manipulação do ciclo estral em ovinos, o que é interessante uma vez que esta espécie é poliestrica estacional. Nesse sentido, são amplamente utilizados dispositivos intravaginais (DIV) de progesterona (P4), ou seus análogos, para indução da ciclidade e sincronização do ciclo estral. A busca por alternativas mais aplicáveis, com menor custo e menor impacto ambiental torna-se necessária. Em ovinos existem poucos estudos sobre o uso de progesterona injetável (P4i), especialmente sobre a P4i de longa ação (LA). Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da P4i LA na indução de estro e ovulação em ovelhas fora da estação reprodutiva. No experimento 1, para avaliar a concentração sérica de P4i, 39 ovelhas foram alocadas em três grupos: controle (n = 14); 37,5 mg de P4i LA im (P4i 37,5, n = 13) e 75 mg de P4i LA im (P4i 75, n = 12). A dosagem de P4 em um subconjunto de animais (5 por grupo) mostrou o nível mais alto de P4 em 48 h e redução para níveis basais 10 dias após a injeção, quando todas as fêmeas receberam um DIV contendo 60 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) que permaneceu por 11 dias. Na retirada, os animais receberam 400 UI de gonadotrofina corionca equina (eCG) intramuscular (im), e os carneiros permaneceram por três dias com as ovelhas. Nos dias 6 e 12 após o estro, amostras de sangue foram coletadas de um subgrupo (n = 5 por grupo) de ovelhas. O grupo P4i 75 apresentou menor concentração sérica de P4 luteal (35 dias após o acasalamento) quando comparado aos outros grupos. No experimento 2, para testar a substituição do DIV por P4i, 36 ovelhas foram distribuidas em dois tratamentos: controle (n = 10), DIV por nove dias e 300 UI de eCG na retirada; e P4i 75 (n = 26) 75 mg de P4i im e, após 9 (n = 13) ou 10 (n = 13) dias, os animais receberam 300 UI de eCG. As taxas de manifestação de estro e concepção foram menores nos grupos tratados com P4i. Onze dias após o estro, um subconjunto de animais (5 do controle e 10 do P4i 75) apresentaram concentrações de P4 acima de 1 ng/mL, indicando ovulação. Coletivamente conclui-se que a aplicação de 75 mg de P4i LA possibilitou concentrações séricas acima de 1 ng/mL por pelo menos sete dias e afetou negativamente a função luteal subsequente e a taxa de concepção após um protocolo de indução de ciclicidade. O tratamento com 75 mg de P4i associado a eCG é adequado para induzir a ovulação, porém inibe a manifestação do estro. Sendo assim, o uso de P4i não é recomendável até que novos estudos sejam realizados para avaliar novas doses e momentos de aplicação. |