Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Renan Cardozo Gomes da |
Orientador(a): |
Nunes, Georgina Helena Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6976
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Resumo: |
Os currículos escolares, por organizarem diversos campos educativos que envolvem questões didáticas, políticas, administrativas e econômicas, podem ser considerados como construções sociais (SACRISTÁN, 2017). Essas construções refletem sobre as experiências humanas, os conhecimentos de mundo e as culturas dos sujeitos presentes na comunidade escolar. Em Jaguarão, cidade-gêmea de Rio Branco, esses currículos reúnem uma série de especificidades e diferenças que se estruturam diante de relações e presença de sujeitos fronteiriços uruguaios regularmente matriculados nas escolas municipais. Dado o exposto, a presente pesquisa objetiva reconhecer como os currículos das escolas municipais de Jaguarão, Rio Grande do Sul, fronteira Brasil-Uruguay, preveem a presença e permanência dos alunos fronteiriços uruguaios. Para alcançar o objetivo nos ancoramos, teoricamente, nos estudos sobre currículo de Sacristán (2017; 2013; 1998) e nas contribuições da interculturalidade crítica como um projeto a ser alcançado (WALSH, 2014; 2012; 2009; 2007; 2005). A pesquisa realizada seguiu um aporte metodológico qualitativo e adotou como abordagem metodológica o estudo de caso (YIN, 2001), dividido em duas unidades de análise, análise documental e pesquisa de campo, e três subunidades, contextualização, coleta/análise de dados e cruzamento dos dados. Os resultados obtidos, a partir das análises realizadas e do cruzamento das mesmas, nos revelou que os currículos das escolas investigadas não preveem a presença e permanência dos alunos fronteiriços uruguaios. Por fim, devido à ausência de um trato pedagógico intercultural, reconhecemos a presença de outros sujeitos outros no contexto escolar. Todavia, as hierarquizações das diferenças colocam esses estudantes fronteiriços uruguaios na posição de outros dos outros. Nesse sentido, propomos o emprego de um projeto curricular intercultural crítico que focaliza nas especificidades socioculturais das escolas, além de visar uma ação transformadora e descolonizadora a partir de um viés humanizador. |