Micropropagação e frio artificial no cultivo dos mirtileiros ‘Duke’ e ‘Woodard’

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ramm, Aline
Orientador(a): Assis, Adriane Marinho de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8130
Resumo: A utilização de mudas de qualidade, assim como a adoção de técnicas que permitam a adequação dos protocolos de propagação e do ambiente para o cultivo do mirtileiro (Vaccinium spp.) são fundamentais para a expansão das áreas de produção. Em função desses aspectos, esse trabalho foi dividido em quatro experimentos. No primeiro, o objetivo foi verificar a influência do cultivo in vitro fotoautotrófico, aliado à presença (ou não) de sacarose no meio de cultura durante a multiplicação de mirtileiro ‘Duke’ em duas épocas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema trifatorial 3 x 2 x 2 (três concentrações de sacarose (0, 15 e 30 g.L-1 ), dois ambientes (sala de crescimento e casa de vegetação) e duas épocas do ano (verão e inverno)), totalizando 12 tratamentos com 10 repetições de cinco explantes. Após 60 dias foram avaliadas: sobrevivência, comprimento das brotações, taxa de multiplicação, altura dos explantes e número de folhas. A multiplicação in vitro de mirtileiro ‘Duke’ pode ser realizada em sala de crescimento e em meio de cultura com 15 g.L-1 de sacarose no período de inverno. No segundo experimento, o objetivo foi avaliar o crescimento vegetativo de mirtileiros cultivados em vasos em diferentes condições de frio. O delineamento experimental foi em esquema fatorial 2 x 2 (duas condições de cultivo (ar livre e frio artificial)) e duas cultivares (‘Duke’ e ‘Woodard’)). Após 90 dias foram avaliados: comprimento da maior haste, número de médio de hastes, e comprimento médio das hastes, massa de matéria seca da raiz e o comprimento das raízes. As diferentes condições de frio não influenciaram no crescimento vegetativo de ‘Duke’ e ‘Woodard’. No terceiro, objetivou-se avaliar a fenologia, enquanto o quarto experimento foi realizado visando avaliar as características físico-químicas e produtivas. Ambos os ensaios foram realizados nas mesmas condições de cultivo, utilizando o mesmo delineamento experimental e cultivares de mirtileiro do segundo estudo. Assim, no terceiro ensaio foram avaliados os estádios fenológicos: inchamento da gema, abrolhamento, gema inicial rosa, gema final rosa, início da floração, plena floração, queda das corolas, crescimento do fruto, fruto verde e porcentagem (10%; 25% e 75%) de frutos maduros. Além disso, foi avaliada a soma térmica dos períodos fenológicos em dois ciclos reprodutivos. O comportamento fenológico e a demanda térmica foram influenciados pelo ambiente de cultivo no segundo ciclo. A exposição ao frio artificial é uma técnica promissora; principalmente para ‘Duke’ nas condições de Pelotas-RS. No último experimento avaliou-se: número total de frutos, massa total dos frutos por planta, massa de matéria fresca e diâmetro do fruto; potencial hidrogeniônico, teor de sólidos solúveis, acidez titulável e relação brix/acidez titulável. Conclui-se que ‘Woodard’ e ‘Duke’ expostos ao frio artificial apresentaram frutos com atributos físico-químicos compatíveis com o esperado para a região. O frio artificial foi eficiente, principalmente para ‘Duke’ na segunda safra.