Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Medina, Ricardo Bordignon |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-10082016-185730/
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Resumo: |
A grande procura por mirtilos, principalmente por países do Hemisfério Norte, está associada aos benefícios nutracêuticos do seu consumo em relação a prevenção de doenças. Em resposta à esta alta demanda, produtores de regiões e países que antes não cultivavam a fruta, iniciaram seus plantios nos últimos anos, sendo o clima, fator limitante à expansão de novas áreas uma vez que o mirtileiro, originário de regiões temperadas, necessita acumular alto número de horas de frio hibernal para completar seu desenvolvimento. No Brasil, predomina-se o plantio de mirtileiros nos estados da região sul, além de pequenas regiões de altitude no estado de São Paulo e Minas Gerais, utilizando cultivares tradicionais. A introdução de novos materiais genéticos, de baixa exigência em frio, desenvolvidos pela Universidade da Flórida possibilitou avaliar o desempenho das plantas e a qualidade dos frutos das cultivares Emerald e Jewel plantadas em Piracicaba - SP, sem ocorrência de frio hibernal. No período de maio de 2014 a maio de 2015 foi realizada a caracterização das fases de crescimento vegetativo, brotação, florescimento, frutificação e produção de frutos dessas cultivares. O crescimento dos ramos ocorre até o início da produção, interrompendo-se em seguida. A cultivar Emerald apresenta dois picos de florescimento e frutificação, com a colheita principal ocorrendo de agosto a outubro, enquanto a cultivar Jewel apresenta dois picos de emissão de botão floral, mas apenas um pico de florescimento e uma colheita que ocorre entre os meses de outubro e janeiro. A produção ocorre durante o período de entressafra do mercado interno e externo, que possibilita melhores preços da fruta. É possível obter-se produção das cultivares de mirtileiros Jewel e Emerald em região subtropical, mas a exigência de um número de horas de frio para estimular a emissão de botão floral e o florescimento parece ser mais baixa que a recomendada na literatura. Em agosto e outubro de 2015 também foram determinados para essas cultivares, parâmetros da qualidade físico-química dos frutos como massa fresca de frutos, diâmetro, comprimento, formato, volume, firmeza, coloração de casca, teor de sólidos solúveis totais, pH, acidez titulável, ratio, compostos fenólicos totais, teor de antocianinas, quercetina e atividade antioxidante pelo sequestro dos radicais DPPH e ABTS, que foram armazenados à temperatura ambiente (22 °C) avaliados no dia de colheita, e a cada três dias, até o décimo segundo dia. Frutos de mirtilos colhidos em agosto são maiores e mais arredondados, porém apresentam menor teor de sólidos solúveis totais e maior acidez. Por outro lado, os frutos colhidos em outubro apresentam maior ratio, e coloração mais intensa. \'Emerald\' possui frutos com maior atividade antioxidante que \'Jewel\'. Os teores de antocianinas, quercetinas, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante diferem entre as cultivares de acordo com as épocas e aumentam ao longo dos dias após a colheita, enquanto pH, acidez e firmeza decrescem. |