A literatura como phármakon: ou sobre a curiosidade e transgressão em A Divina Comédia e O Nome da Rosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Laura Silva de
Orientador(a): Ribeiro, Helano Jader Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14646
Resumo: Narrativas ficcionais permitem ao pesquisador uma ampla gama de abordagens de estudos, dentre os quais está a intersecção entre literatura e filosofia. Com base nesse pressuposto, esta tese tem como objetivo analisar os tópicos escritura, literatura e intertextualidade através do tópico curiosidade a partir, principalmente, da noção de phármakon. Com esse objetivo, esta tese se divide em três capítulos: primeiramente, é trabalhado o tema escritura a partir do mito de Theuth e Thamous usado por Platão no Fedro e por Jacques Derrida em A Fármácia de Platão e, consequentemente, as críticas sofridas por esse tipo de discurso; já nos segundo capítulo, nosso foco passa a ser as acusações elencadas contra a literatura ao longo dos tempo, sendo ainda debatido as formas de controle que a regulam; por fim, é realizado um estudo comparativo entre os espaços arquitetônicos criados em duas obras cujo potencial literário é inesgotável - em O Nome da Rosa (2022), de Umberto Eco, e A Divina Comédia (2019), de Dante Alighieri - mediante os conceitos de heterotopia e polarização e também, tendo como base conceitos de Georges Bataille e os estudos de Michel Foucault. Nesse capítulo é feito tambpem um estudo intertextual, com ênfase nas manifestações de excesso presentes nas obras, especialmente a curiosidade. Para tanto, nosso aporte teórico centra- se em conceitos oriundos dos estudos sobre a escrita, sobre a literatura e sobre a intertextualidade desenvolvidos principalmente por Platão, Jacques Derrida, Georges Bataille e William Marx, tendo como apoio Michel Foucault, Giorgio Agambem, Roger Caillois, Gérard Genette e Thiphaine Samoyault.